Aventura de Gary Nevile no Valência durou apenas quatro meses

Maus resultados precipitaram o final da primeira experiência do ex-internacional inglês como treinador.

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Jaime Reina

O Valência anunciou esta quarta-feira o despedimento do treinador inglês Gary Neville, que, em Dezembro, sucedeu ao português Nuno Espirito Santo no comando técnico da equipa “che”.

“O Valência rescindiu hoje a sua relação contratual com Gary Neville como treinador da primeira equipa. Depois de analisar calmamente a situação desportiva, o clube decidiu fazer esta mudança em busca do melhor interesse para o Valência, tendo em vista o final da presente temporada”, pode ler-se no comunicado emitido pelo clube.

Como quase sempre acontece no futebol, os resultados falaram mais alto e, na hora de tomar decisões, o treinador voltou a ser o elo mais fraco de uma equação que vai muito além da táctica ou das opções para o "onze" inicial. E, objectivamente, os resultados do Valência têm sido maus.

Por culpa própria, ou não, o ex-internacional inglês, de 41 anos, vê terminada a sua experiência como treinador ao fim de quatro meses, durante os quais conseguiu apenas 11 vitórias, contra oito empates e 11 derrotas, entre as quais se destaca uma humilhante goleada no terreno do Barcelona, por 7-0, na primeira mão de uma eliminatória que resultaria na eliminação da Taça do Rei.

Pelo meio, Neville viu ainda o Valência falhar a qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões e ser eliminado nessa mesma fase da Liga Europa, pelo Athletic Bilbau.

Resultados maus de mais se tivermos em conta que o Valência, a certa altura da época passada, chegou a sonhar com o título (terminou em quarto). Neste momeno segue, à 30.ª jornada, no outro extremo da tabela. Os 34 pontos valem o 14.º posto da Liga espanhola, “apenas” a seis do 18.º lugar do Getafe, que ocupa o primeiro dos lugares de despromoção.

Ao mesmo tempo que confirmou a rescisão com Neville, o Valência divulgou o substituto do inglês. O espanhol Pako Ayestarán, ex-preparador físico de equipas como Tenerife, Liverpool, Real Sociedad e Al Ahli, e que trabalhou com Quique Flores quando este orientou o Benfica, foi o escolhido para assumir a liderança da equipa pelo menos até ao final da temporada, tendo como principal objectivo conseguir um final de temporada o mais tranquilo possível para a equipa “che”.

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