Equipa russa já fez orçamento para reparar três Kamov

Custo de reparação dos aparelhos ainda não foi apresentado ao Ministério da Administração Interna, mas a ideia é que estejam a funcionar em 2016.

Foto
Neste momento só há três helicópteros Kamov a operar Vasco Célio

A equipa russa que se deslocou a Portugal para analisar a possibilidade de reparar os três helicópteros Kamov do dispositivo de combate a incêndios já fez um orçamento com o que é necessário para os aparelhos voltarem a funcionar. A informação foi confirmada pelo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Contudo, o major-general Francisco Grave Pereira não adiantou o valor, por ainda não o ter apresentado à tutela, e esclareceu que falta também perceber que parte da reparação poderá ser imputada à empresa que era responsável pela manutenção dos helicópteros.

O presidente da ANPC, questionado pelo PÚBLICO durante uma conferência de imprensa de balanço da fase Charlie do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, confirmou que a equipa russa já analisou os três aparelhos, mas explicou que “ainda não há uma decisão final”. “Temos um primeiro levantamento dos encargos. Ainda estão em análise, porque há parte dessas verbas que são imputáveis ao anterior prestador de serviços de manutenção. Estamos a desagregar esses valores para termos a noção do que compete a quem para apresentarmos à tutela uma proposta de resolução”, acrescentou o major-general.

No início da época o dispositivo deveria ter contado com 49 meios aéreos, mas acabaram por ter apenas 47. Em causa estão dois Kamov que faziam parte do dispositivo previsto, mas que acabaram por não o integrar, e um outro envolvido num acidente há dois anos e que desde essa altura ficou inoperacional. O problema nos dois Kamov que acabaram por não funcionar em 2015 foi identificado durante a transferência dos aparelhos para a empresa que ganhou o concurso público para manutenção dos mesmos, com acusações de manutenção deficiente à anterior responsável. A ministra da Administração Interna pediu a abertura de um inquérito ao caso.

Francisco Grave Pereira sublinhou que já estão a preparar a época de combate a incêndios de 2016 e que esperam nessa altura já contar com os três aparelhos. Porém, não quis avançar o orçamento de reparação, por ainda não ter apresentado o assunto à tutela. Quanto às consequências desta carência durante 2015, o presidente da ANPC reconheceu que a “falta de meios aéreos de ataque ampliado” teve de ser “compensada pelos demais meios do dispositivo”, mas assegurou que os “bons resultados” demonstram que o trabalho não foi prejudicado.

Sugerir correcção
Comentar