Mesmo sem ganhar, Benfica festeja o bicampeonato

Nulo em Guimarães foi suficiente para que os comandados de Jorge Jesus pudessem festejar, face ao empate do FC Porto em Belém.

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O Benfica teve boas oportunidades, mas não marcou em Guimarães Miguel Riopa/AFP
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O FC Porto esteve a vencer, mas deixou fugir a vantagem aos 85 minutos Francisco Leong/AFP
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Festejos dos jogadores em Guimarães Miguel Vidal/Reuters
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Festejos de adeptos do Benfica no Marquês de Pombal José Manuel Ribeiro/AFP
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O Benfica tem agora mais sete campeonatos do que o FC Porto

Estavam decorridos 80 minutos do jogo entre Vitória de Guimarães e Benfica quando o Belenenses marcou o golo do empate frente ao FC Porto. A notícia correu depressa para o relvado do estádio D. Afonso Henriques, dado o entusiasmo que invadiu a bancada reservada aos adeptos do clube da Luz. Os benfiquistas sabiam que o primeiro bicampeonato das últimas três décadas estava prestes a concretizar-se.

Oito minutos depois, quando o jogo do Porto acabou, empatado, o banco do Benfica começou a passar a mensagem aos jogadores: o título estava ainda mais parto. A partir daí, os benfiquistas aguentaram, porque o Vitória de Guimarães tinha três homens no ataque e vontade de marcar. O encontro entre lisboetas e vimaranenses acabou, porém, sem golos, e depois foi tempo de festa “encarnada”.

O jogo de Guimarães teve pouco futebol. É certo que o Benfica entrou forte, dispondo de um par de oportunidades soberanas logo nos primeiros minutos. Primeiro (3’) Jonas cabeceou à barra na sequência de um lance de contra-ataque e, na recarga, Pizzi atirou contra a cara de um adversário. No minuto seguinte, Lima apareceu isolado perante Douglas, graças a um toque subtil de Jonas, mas atirou por cima. A partir daí, as quebras do ritmo de jogo motivadas pelas muitas vezes que foi preciso prestar assistência a jogadores do Vitória e a ansiedade que, a cada minuto que passava, se apoderava dos jogadores do Benfica, tornaram o jogo pouco interessante.

O resultado manteve-se a zero até ao final, permitindo aos jogadores começarem a festejar o 34.º título de campeão nacional do clube. O campeonato agora conquistado é o nono troféu de Jorge Jesus à frente do Benfica. Mas, antes ainda do encontro de Guimarães, o técnico “encarnado” tinha afirmado que este é “o título mais importante” que consegue no clube. Isto porque há 31 anos que na Luz não se festejava um bicampeonato.

A última vez que o Benfica venceu dois campeonatos nacionais consecutivos foi na temporada 1983-84, treinado por Sven-Goran Eriksson. A partir de então, os lisboetas só voltaram a ser campeões por seis vezes, as duas últimas (2009-10 e 2013-14) já com Jorge Jesus como treinador da equipa.

No início da temporada, o 34.º título do Benfica parecia uma ambição difícil de concretizar. A equipa que no ano passado tinha conseguido vencer tudo a nível interno sofreu uma verdadeira razia, com as vendas de jogadores que foram quase sempre titulares como Oblak, Garay, Rodrigo e Siqueira. Também saíram Cardozo, André Gomes e Markovic que, não sendo indiscutíveis, acrescentavam profundidade e qualidade ao plantel. Enzo Pérez também saiu do clube, a meio da presente temporada, partindo para o Valência no mercado de Inverno.

Apesar destas dificuldades, Jorge Jesus conseguiu montar uma equipa consistente e eficaz no campeonato e, nas 34 jornadas do campeonato, apenas não foi líder numa, a terceira, depois de um empate a um golo contra o Sporting. Na jornada seguinte, o Benfica voltou ao primeiro lugar, no qual se isolou se à jornada cinco, para não mais ser apanhado.



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