Finalmente, os escândalos de corrupção dão dores de cabeça à FIFA

A companhia de aviação Emirates anunciou o fim do acordo de patrocínio, o que representa um rombo nas finanças da entidade que gere o futebol mundial.

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Blatter ganhou uma dor de cabeça na FIFA Arnd Wiegmann/Reuters

A Emirates, uma das maiores companhias de aviação do mundo, não vai renovar o acordo de patrocínio que tinha com a FIFA, deixando que ele expire no final do corrente ano. A decisão surge depois de terem sido levantadas suspeitas de que teria havido compra de votos para a escolha do Qatar como sede do Mundial de futebol de 2022, em mais um episódio de alegada corrupção na FIFA.

A Emirates é um dos seis principais patrocinadores da entidade que gere o futebol a nível mundial. Quatro já renovaram os seus respectivos contratos, pelo menos, até ao Mundial 2018, na Rússia, enquanto a Sony Corp. está em negociações.

“A Emirates confirma que tomou a decisão de não renovar o seu acordo de patrocínio com a FIFA para além de 2014”, afirmou uma porta-voz da empresa num comunicado difundido por e-mail e citado pela agência Bloomberg.

O incómodo da Emirates com as suspeitas de corrupção que envolvem a FIFA não é de agora. Boutros Boutros, porta-voz da empresa, tinha dito, ainda em 2011, que estes casos estavam a levar a companhia a considerar terminar a sua ligação com a FIFA, iniciada em 2006,  

De acordo com a FIFA, a Emirates comunicou o seu desinteresse em manter o acordo de patrocínio em Junho de 2012. Em relação à Sony, prosseguem as negociações para renovar a ligação que termina no final do presente ano.

Segundo a revista alemã Spiegel, a FIFA estaria em negociações com a Qatar Airways para que esta companhia aérea ocupasse o lugar da Emirates.

A Coca-Cola, Adidas, Visa e Hyundai, para além da Emirates e da Sony, são os seis principais patrocinadores da FIFA. O ano passado, esta entidade encaixou 279 milhões de euros em patrocínios relacionados com o Mundial de futebol.

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