Jackson salva o FC Porto da primeira derrota na noite de todos os equívocos em Lviv

Com dois golos do colombiano nos últimos cinco minutos, os “dragões” empataram na Ucrânia.

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Foto: Genya Savilov/AFP

Ao décimo jogo oficial e ao décimo “onze” diferente escolhido por Julen Lopetegui, a primeira derrota do FC Porto chegou a ser um dado adquirido, mas o suplente Jackson evitou que, numa noite repleta equívocos, os “dragões” regressassem de Lviv com zero pontos. Após Brahimi desperdiçar um penálti e o Shakhtar festejar dois golos “oferecidos”, o colombiano marcou aos 89’ e 94’ e manteve os “azuis e brancos” na liderança do Grupo H da Champions.

A posse de bola voltou a pender para o lado do FC Porto, em remates os portistas golearam os ucranianos, mas o quarto empate dos “dragões” nos últimos cinco jogos sabe a vitória para Lopetegui. Em Lviv, a mais de 1000km de Donetsk, o Shakhtar até mostrou pouco, mas perante uma equipa “azul e branca” que pela primeira vez na sua história não teve qualquer jogador português em campo durante os 90 minutos, o pentacampeão da Ucrânia desperdiçou uma oportunidade única de derrotar o FC Porto.

Já não é notícia Lopetegui surpreender no “onze”, mas a capacidade de o basco deixar muitos adeptos a questionarem-se se não há nenhum equívoco na equipa anunciada teve mais um capítulo. Com Jackson e Ruben Neves no banco, o técnico colocou Marcano a “6” e, para além do (ainda) intocável Brahimi, o ataque foi entregue a Tello e Aboubakar.

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Em termos práticos, as alterações não mudaram o ADN do FC Porto de Lopetegui. Com muita parra mas pouca uva, os “dragões” entraram a dominar, mas foi o talentoso Taíson, aos 10’, a causar o primeiro calafrio a Fabiano. Os portistas responderam por Danilo (13’) e reclamaram um penálti, mas uma atrapalhação de Maicon, que quase resultou em autogolo, foi o prenúncio de noite de disparates. Seis minutos depois, Brahimi caiu na área, o árbitro apontou penálti, mas o argelino permitiu a defesa de Pyatov.

Sem alterações ao intervalo, o FC Porto demorou menos de um minuto a criar perigo, mas aos 52’ Óliver Torres inventou: o espanhol tentou fintar onde é proibido, Kucher agradeceu e estendeu a passadeira a Alex Teixeira, que fez um golo fácil. Sem fazer muito por isso, Lucescu viu-se em vantagem e recuou os jogadores.

Lopetegui demorou a reagir, mas a 25’ do fim lançou Jackson e Quintero. Com a dupla colombiana em campo, Pyatov começou a ter trabalho e, aos 65’ e 71’, o FC Porto voltou a criar perigo. A falta de soluções para desfazer defesas reforçadas continuava, porém, a ser uma evidência e aos 85’ os “dragões” pareceram ir de vez ao tapete: Maicon imitou Torres, perdeu a bola à saída da área e Luiz Adriano fez o 2-0.

A primeira derrota parecia certa para Lopetegui, mas o suplente Jackson salvou o basco: aos 89’, reduziu na marcação de um penálti e no último minuto de descontos, Tello mostrou que até pode ser útil e assistiu Jackson para o 2-2. Em 25 minutos, o “9” mostrou que há intocáveis em partidas com a importância de uma prova como a Liga dos Campeões.


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