Sporting cumpriu o objectivo do seu ano zero

“Leões” estão de regresso à Liga dos Campeões, após um triunfo por 1-0, no Restelo, sobre o Belenenses.

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O Sporting garantiu o segundo lugar na I Liga Hugo Correia/Reuters

Da pior época de sempre para a Liga dos Campeões. Numa frase, assim se pode resumir o que o Sporting conseguiu ontem ao vencer o Belenenses por 1-0, no Restelo. Com o segundo lugar já no bolso, os “leões” garantiram a entrada directa na fase de grupos da Champions e ficaram a salvo de qualquer recuperação milagrosa do FC Porto nas duas jornadas que ainda restam na Liga portuguesa. Mais, obrigam o Benfica a ganhar neste domingo, em casa, ao Olhanense para poder festejar o título. Qualquer resultado que não seja a vitória “encarnada” frente aos algarvios e o Sporting irá passar mais uma jornada matematicamente na luta pelo primeiro lugar.

Os destinos de três equipas de Lisboa passavam por este jogo no Restelo. O Belenenses precisava de pontos na luta pela manutenção, o Sporting, de pontos para a Champions e uma terceira, o Benfica, que não estava em campo e que só iria abrir o champanhe se os “leões” não vencessem. A perspectiva do segundo lugar arrastou muitos milhares de sportinguistas para o estádio à beira do Tejo e estiveram quase a engolir em seco logo aos 4’, quando Fredy falha por pouco a baliza de Rui Patrício, após um cruzamento de Rojas.

Era um primeiro aviso dos homens de Lito Vidigal, que teve pouca continuidade na primeira parte. O Belenenses estava na retranca e o Sporting pouco conseguia fazer para arrombar a porta, com muitos passes falhados por parte dos habitualmente fiáveis William e Adrien. André Martins era dos poucos que tentava mexer alguma coisa no ataque “leonino” e foi graças a ele que o Sporting começou a aproximar-se com perigo, com um cruzamento aos 19’ que conectou com a cabeça de Slimani, mas a bola saiu ao lado.

Os “leões” começaram a subir de ritmo e, pouco depois, aos 24’, Carlos Mané tem nos pés o golo, mas atira por cima da baliza de Matt Jones. Minuto 32’, é André Martins a arrancar um remate que acerta na trave. O golo estava a tardar e mantinha-se o empate, um resultado que não interessava aos “leões” por todas as razões, mas que até era interessante para os “azuis” do Restelo, que têm passado a época em risco permanente - e que, depois deste jogo, continuam pouco tranquilos, com apenas mais um ponto que o penúltimo classificado, o Paços de Ferreira. E voltaram a estar perto do golo aos 49’, com um remate de Fernando Ferreira ao qual Rui Patrício se opôs com brilhantismo.

Depois do susto, a celebração. Minuto 51’, Carlos Mané escapa-se pela esquerda e a bola já ia a sair quando o jovem avançado sportinguista sofre uma carga de João Meira. Cosme Machado assinalou penálti, que Adrien Silva, mais uma vez, converteu em golo – foi o seu oitavo da época, o sétimo de penálti.

O jogo estava desbloqueado, mas ainda houve espaço para mais emoções. Patrício ainda teve de se opor a mais um remate de Fernando Ferreira aos 67’ e o Sporting ainda teve de aguentar o final do jogo com menos um jogador, por força da expulsão de Marcos Rojo, que fez uma falta sobre Rojas, merecedora, no entender do árbitro, de vermelho directo.

No último minuto da compensação, até Matt Jones foi à área sportinguista para fazer número para um canto. A bola foi parar às mãos de Patrício e o jogo acabou naquele segundo. O Sporting tinha acabado de cumprir o objectivo que assumira durante toda a época, o regresso às competições europeias na próxima época pela porta grande e milionária da Champions, onde já não participa desde 2009, desde os tempos de Paulo Bento. Mais do que isso nesta época, depende para já do Sporting Clube Olhanense, outra equipa deste campeonato que também tem um leão no emblema, que é o último classificado e que vai defrontar o líder Benfica, que tem tudo preparado na Luz para fazer a festa.

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