Comprador do Pavilhão Atlântico vai ter de manter vocação cultural do espaço

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Pavilhão Atlântico, em Lisboa, está oficialmente à venda Adriano Miranda

Foi publicada nesta sexta-feira em Diário da República a resolução do Conselho de Ministros que define as condições de venda do Pavilhão Atlântico, bem como da sociedade que o gere e da empresa que presta serviços de bilheteira. O Governo quer que seja “acautelada" a vocação cultural do pavilhão.

Começa hoje a “fase preliminar de recolha de intenções de aquisição junto de investidores com perfil comercial ou financeiro”. O Governo pretende vender, através de “negociação particular”, o pavilhão e a sociedade Atlântico, detida a 100% pela Parque Expo. A Blueticket, cujo capital social pertence integralmente à Atlântico, faz também parte do pacote.

O Governo quer “maximizar o encaixe financeiro resultante da transacção, sem, porém, perder de vista a estabilidade da gestão” do espaço e daquelas empresas. O objectivo é que o pavilhão continue a “servir o país”, continuando a funcionar como espaço cultural e de realização de “eventos empresariais e institucionais de grande dimensão”.

A venda do equipamento, construído entre 1996 e 1998 para a Expo’98, em Lisboa, está inserida no programa de reestruturação do sector empresarial do Estado. Este programa prevê, no caso da Parque Expo, a “alienação de património imobiliário e de outros activos”.

O potencial comprador terá de apresentar um plano de negócios para os próximos quatro anos, incluindo um plano de financiamento, um plano de investimento e manutenção, e ainda um plano para os trabalhadores daquelas empresas.

Na resolução hoje publicada, o Governo sublinha que é "essencial" garantir que o processo de venda do Pavilhão Atlântico "suscite o interesse do maior número possível de entidades idóneas, nacionais ou estrangeiras”. Ainda assim, o Executivo reserva-se o direito de não aceitar qualquer das propostas de compra apresentadas.

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