Sem electricidade há um ano, Armindo só vive quando nasce o dia

Aos 56 anos reside na freguesia de Delães, em Famalicão, na casa onde nasceu, que precisa de obras profundas. A autarquia diz conhecer o caso e aguardar a “bazuca europeia” para resolver o caso.

Foto
Armindo Cunha vive há mais de um ano sem electricidade em casa Paulo Pimenta

Num dia da semana que parece ter sido replicado de outra data qualquer, Armindo Cunha chega a casa onde mora sozinho depois de uma ida ao centro da freguesia de Delães, em Famalicão, para um passeio matinal. Perto da hora do almoço, depois de atravessar o Caminho Real a pé, sobe um par de degraus para entrar no lar onde nasceu há 56 anos. Chaves na porta, duas voltas à fechadura e entra num corredor que liga directamente ao quarto onde a penumbra ganha protagonismo face à luz que entra por uma ou outra frincha. Depois de se instalar naquela divisão nada muda – a claridade mantém-se pouco presente, mas seria necessária, sobretudo numa fase da sua vida em que os seus movimentos já não são tão ágeis como eram no passado, por força de mais de quarenta anos a trabalhar em funções fisicamente desgastantes.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Num dia da semana que parece ter sido replicado de outra data qualquer, Armindo Cunha chega a casa onde mora sozinho depois de uma ida ao centro da freguesia de Delães, em Famalicão, para um passeio matinal. Perto da hora do almoço, depois de atravessar o Caminho Real a pé, sobe um par de degraus para entrar no lar onde nasceu há 56 anos. Chaves na porta, duas voltas à fechadura e entra num corredor que liga directamente ao quarto onde a penumbra ganha protagonismo face à luz que entra por uma ou outra frincha. Depois de se instalar naquela divisão nada muda – a claridade mantém-se pouco presente, mas seria necessária, sobretudo numa fase da sua vida em que os seus movimentos já não são tão ágeis como eram no passado, por força de mais de quarenta anos a trabalhar em funções fisicamente desgastantes.