Madeira recebe em Outubro os Europeus de fotografia e vídeo subaquáticos

Em simultâneo com as duas principais provas europeias na modalidade, o arquipélago organizará, entre 3 e 8 de Outubro, o 1.º Open da Madeira de Fotografia e Vídeo.

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Um ano depois de organizar nas águas amenas e cristalinas do Porto Santo o 18.º Campeonato do Mundo de Vídeo e o 4.º Campeonato do Mundo de Fotografia Subaquática, a Madeira voltará a receber a elite internacional da modalidade. Entre 3 e 8 de Outubro, a Reserva Natural do Garajau, a corveta Afonso Cerqueira, a Baixa do Carneiro e a Baixa da Cruz serão os quatro locais de mergulho do 3.º Europeu de Vídeo e do 2.º Europeu de Fotografia Subaquática. Em simultâneo, será disputado o 1.º Open da Madeira de Fotografia e Vídeo, prova que pretende afirmar o arquipélago madeirense como um destino premium de mergulho à escala mundial.

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Um ano depois de organizar nas águas amenas e cristalinas do Porto Santo o 18.º Campeonato do Mundo de Vídeo e o 4.º Campeonato do Mundo de Fotografia Subaquática, a Madeira voltará a receber a elite internacional da modalidade. Entre 3 e 8 de Outubro, a Reserva Natural do Garajau, a corveta Afonso Cerqueira, a Baixa do Carneiro e a Baixa da Cruz serão os quatro locais de mergulho do 3.º Europeu de Vídeo e do 2.º Europeu de Fotografia Subaquática. Em simultâneo, será disputado o 1.º Open da Madeira de Fotografia e Vídeo, prova que pretende afirmar o arquipélago madeirense como um destino premium de mergulho à escala mundial.

Em Outubro do ano passado, mesmo com condicionalismos provocados pela pandemia, a realização em Porto Santo do Mundial de Vídeo e de Fotografia Subaquática trouxe à tona os segredos e as cores escondidas ao longo da costa da ilha madeirense. O sucesso da organização foi, no final, consensual entre os participantes, sendo esse um dos principais motivos para que, um ano depois, a federação internacional da modalidade (CMAS) volte a escolher a Madeira, desta vez para a mais importante competição europeia, onde está prevista a participação de 80 mergulhadores.

Embora, numa fase inicial, a CMAS não se tenha mostrado receptivo para que fosse organizado em simultâneo com Europeu o Open Madeira, competição que contará com prémios monetários e será aberta a todos os participantes, o trabalho de bastidores promovido pelas entidades organizadoras - Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Associação de Natação da Madeira e Madeira Underwater - surtiu efeito, convencendo o CMAS.

Assim, em simultâneo com o Europeu, entre 3 e 8 de Outubro, nos mesmos spots de mergulho, realizar-se-á o Open, competição que deverá ter uma periodicidade anual e que, a curto prazo, pretende tornar-se numa referência internacional na modalidade.

Em declarações à FUGAS, Ricardo José, presidente da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS), admite que “conseguir organizar o Europeu depois de um Mundial não é de todo habitual, mas tornou-se mais fácil e possível graças ao profissionalismo de toda a organização” e ao “bom acolhimento” que proporcionado pela Madeira no ano passado.

Com o arquipélago a ser um local apetecível para acolher este tipo de eventos “devido a toda a sua experiência de saber receber, aliada às suas condições geográficas” e por haver o “sentimento que se transpira segurança em Portugal”, Ricardo José sublinha que, depois do “teste do Mundial” ter sido “ultrapassado com mérito e aclamação por toda a comunidade internacional da modalidade”, é possível continuar a “aspirar a receber mais eventos”: “Um dos sonhos da federação seria, num futuro próximo, organizar o CMAS Games, uma espécie de Jogos Mundiais de todas as modalidades subaquáticas, em território nacional. Quem sabe se não poderia ser também na Madeira.”

Perspectivando o que pode ser a prova deste ano, o presidente da FPAS diz que após o “impacto brutal” que o Mundial em Porto Santo teve na comunidade de mergulho, espera-se “com o Europeu manter o mesmo nível, ou fazer quase o impossível, que é melhorar”.

Figura central no sucesso do Mundial do ano passado, o madeirense Pedro Vasconcelos voltará a ser o director-técnico da competição e, em conversa com a FUGAS, explica que comparando com a prova em Porto Santo, na principal ilha madeirense “os mergulhadores irão encontrar as mesmas espécies, sendo no entanto os fundos um pouco diferentes. Na Madeira os fundos são mais rochosos escondendo alguns organismos de dimensões mais pequenas, mas muito interessantes”.

Assim, no Europeu e no Open, a organização procurou escolher “locais de mergulho” que mostrassem “o que a Madeira tem de melhor”, sendo que o “Garajau é um dos locais de excelência na Madeira para o mergulho, não só por estar dentro de uma reserva, mas porque tem a particularidade de ter meros que são verdadeiros parceiros de mergulho”; a corveta Afonso Cerqueira é “um navio afundado em 2018 que tem vindo a ganhar vida, tornando-se um recife artificial”; a Baixa do Carneiro, com pouca profundidade, “permite aos atletas encontrarem motivos para fotografias macro e estarem o máximo do tempo permitido debaixo de água” e a Baixa da Cruz, “uma verdadeira montanha subaquática em forma de pirâmide, onde podemos encontrar várias espécies a diversas profundidades”.

Explicando que como “uma imagem vale mais do que mil”, o Open da Madeira pode tornar-se “na melhor forma de promoção da ilha como local de excelência para mergulhar durante o ano inteiro”, o responsável pela Focus Natura refere ainda que pode entrar na competição “qualquer mergulhador certificado”, havendo, para “além dos prémios, uma excelente oportunidade de partilhar experiência, técnicas de imagem e equipamentos, com atletas dos vários pontos do mundo”.