Cinco sismos sentidos pela população nas últimas horas na ilha de São Jorge

O CIVISA divulgou que entre as 22h locais de quinta-feira e as 10h desta sexta-feira foram sentidos cinco sismos com magnitudes entre os 2,1 e 2,8 na escala de Richter.

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Mapa de satélite mostra a actividade sísmica na ilha de São Jorge após se registarem cerca de 1100 pequenos terramotos em menos de 48h Reuters/CIVISA

O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) revelou esta sexta-feira que, nas últimas horas, foram sentidos cinco sismos pela população da ilha de São Jorge, acrescentando que a actividade sísmica continua “acima do normal”.

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O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) revelou esta sexta-feira que, nas últimas horas, foram sentidos cinco sismos pela população da ilha de São Jorge, acrescentando que a actividade sísmica continua “acima do normal”.

Num comunicado divulgado no seu site, o CIVISA revela que, entre as 22h locais (23h em Lisboa) de quinta-feira e as 10h desta sexta-feira foram “sentidos cinco sismos” pela população, com magnitudes entre os 2,1 e os 2,8 na escala de Richter e intensidade máxima entre III e IV na escala de Mercalli modificada.

Os sismos foram sentidos na vila das Velas e nas freguesias de Urzelina, Rosais, Santo Amaro e Norte Grande, na ilha de São Jorge. O mais recente, registado às 8h10 locais, foi sentido também em São Roque, na ilha do Pico.

Segundo o CIVISA, a actividade sísmica na parte central da ilha de São Jorge, que se regista “ao longo de uma faixa com direcção WNW-ESE [oés-noroeste/lés-sudeste], num sector compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal”.

A crise sismovulcânica em São Jorge iniciou-se às 16h05 de sábado e, desde então, o CIVISA já registou milhares de sismos de baixa magnitude, tendo sido sentidos pela população mais de 170.

Na quarta-feira, o CIVISA elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa “possibilidade real de erupção”. Perante este cenário, o executivo açoriano recomendou à população com maiores vulnerabilidades da principal zona afectada na ilha de São Jorge (entre a Fajã das Almas e as Velas) que abandone as suas casas.

Segundo o presidente do CIVISA, Rui Marques, a precipitação, conjugada com a crise sísmica, pode provocar desabamentos em São Jorge. O executivo açoriano decidiu, por isso, proibir o acesso às fajãs do concelho das Velas e retirar os habitantes que lá vivem.

O Plano Regional de Emergência da Proteçcão Civil dos Açores e os planos de emergência municipais dos dois concelhos da ilha (Velas e Calheta) foram activados.