Avaliação bancária à habitação ultrapassa 1300 euros por metro quadrado pela primeira vez

O valor mediano da avaliação bancária foi de 1314 euros por metro quadrado em Fevereiro, um novo máximo histórico e a primeira vez que é ultrapassada a fasquia dos 1300 euros.

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Daniel Rocha

O valor a que os bancos avaliam as casas no âmbito da concessão de crédito à habitação voltou a aumentar em Fevereiro e fixou um novo máximo histórico, ultrapassando, pela primeira vez desde que há registo, a fasquia dos 1300 euros por metro quadrado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 25 de Março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá ainda conta de que o número de avaliações realizadas pelos bancos está a aumentar.

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O valor a que os bancos avaliam as casas no âmbito da concessão de crédito à habitação voltou a aumentar em Fevereiro e fixou um novo máximo histórico, ultrapassando, pela primeira vez desde que há registo, a fasquia dos 1300 euros por metro quadrado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 25 de Março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá ainda conta de que o número de avaliações realizadas pelos bancos está a aumentar.

De acordo com os dados do INE, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1314 euros por metro quadrado em Fevereiro, um aumento de 22 euros, ou de cerca de 1,7%, face ao mês anterior, que vem prolongar uma tendência de crescimentos consecutivos verificada já desde Abril de 2020. Este é, também, o valor mais elevado, pelo menos, desde 2011, altura em que o INE iniciou esta série estatística.

Em termos homólogos, os aumentos também têm vindo a acelerar: face a Fevereiro do ano passado, o novo valor mediano da avaliação bancária representa um aumento de 140 euros, ou quase 12%.

Este movimento fica a dever-se tanto aos apartamentos como as moradias. No primeiro caso, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1462 euros por metro quadrado em Fevereiro, um aumento de 1,7% face ao mês anterior. Já no que diz respeito às moradias, o valor mediano fixou-se em 1047 euros por metro quadrado, uma subida próxima de 1%.

Alentejo tem o maior aumento

A subida dos valores a que os bancos avaliam as casas foi generalizada a quase todo o país, à excepção da Madeira, única região onde foi registada uma queda, ainda que ligeira. Já o Alentejo sofreu os maiores aumentos.

Em Fevereiro, a região do Alentejo continuava a ser aquela que apresenta os valores de avaliação bancária mais baixos do país, de 903 euros por metro quadrado. Foi aqui, contudo, que se registou a maior subida mensal, de 2,6%, para além de ter sido a primeira vez que se ultrapassou a fasquia dos 900 euros nesta região.

O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa, por seu lado, permanecem como as regiões mais caras e mantêm também crescimentos acentuados dos valores. No Algarve, a avaliação bancária atingiu os 1811 euros por metro quadrado, o que representa aumentos de 1,7% face ao mês anterior e de quase 18% em relação a Fevereiro do ano passado. Já em Lisboa, a avaliação bancária mediana totalizou 1767 euros por metro quadrado, número que corresponde a uma subida homóloga de 2% e a um crescimento anual de 13%.

Mais avaliações

Numa altura em que a concessão de crédito à habitação tem mantido níveis elevados, o número de avaliações bancárias também está a aumentar.

Para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de Fevereiro, foram consideradas 28.681 avaliações, mais 24,2% do que tinha sido registado no mesmo mês do ano passado.

O INE ressalva, ainda assim, que “esta evolução deverá reflectir um efeito base, na medida em que os primeiros meses de 2021 foram afectados pelo agravamento das medidas de contenção associadas à situação pandémica vivida”. Assim, em comparação com 2019, ainda foram realizadas menos 1087 avaliações bancárias este ano.