Consistência do Atlético gelou Old Trafford

Com um golo de Renan Lodi, a equipa de Madrid derrotou em Manchester o United e segue para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.

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EPA/PETER POWELL

De um lado, esteve um conjunto (Manchester United) repleto de talento e qualidade individual. Do outro, uma equipa (Atlético de Madrid) com jogadores de muita qualidade, mas onde o colectivo tem sempre a prioridade. No final, a habitual consistência e fiabilidade “colchonera” nos momentos decisivos chegou para gelar Old Trafford e colocar o United KO na Liga dos Campeões. Após um empate no Wanda Metropolitano, na segunda mão dos oitavos-de-final um golo de Renan Lodi bastou para João Félix ganhar o duelo com Diogo Dalot, Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo.

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De um lado, esteve um conjunto (Manchester United) repleto de talento e qualidade individual. Do outro, uma equipa (Atlético de Madrid) com jogadores de muita qualidade, mas onde o colectivo tem sempre a prioridade. No final, a habitual consistência e fiabilidade “colchonera” nos momentos decisivos chegou para gelar Old Trafford e colocar o United KO na Liga dos Campeões. Após um empate no Wanda Metropolitano, na segunda mão dos oitavos-de-final um golo de Renan Lodi bastou para João Félix ganhar o duelo com Diogo Dalot, Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo.

Já é um clássico no futebol europeu: com alguma arte, muita matreirice e, acima de tudo, uma enorme qualidade táctica, o Atlético de Madrid ganhou mais um duelo europeu e já está entre os oito melhores clubes da Europa. Com um plano de jogo bem desenhado e à imagem de Diego Simeone, os “colchoneros” atacaram sempre sem correr grandes riscos e, depois de chegarem à vantagem que precisavam, amarraram o United.

Com Diogo Dalot, Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo no “onze”, os “red devils” tiveram mais bola e oportunidades, mas foram quase sempre uma equipa sem colectivo e a precisar das individualidades.

No arranque da partida em Old Trafford, o United até foi a primeira equipa a criar perigo, por Elanga, mas a segurança de Oblak resolveu o primeiro problema para o Atlético. Com João Félix a jogar como homem mais avançado, os espanhóis sempre que atacaram nos primeiros 45 minutos criaram problemas a De Gea que, aos 16’, fez uma grande defesa a remate de Rodrigo de Paul.

Perigoso no contra-ataque, o Atlético conseguiu colocar a bola no fundo da baliza aos 34’, mas um fora de jogo de Llorente impediu mais um golo de João Félix. No entanto, pouco depois, os “colchoneros” fizeram mesmo o golo que lhes garantiu a qualificação: Félix serviu de calcanhar Griezmann, o francês cruzou e Lodi, de cabeça, fez o golo.

Depois, houve Atlético. Sem se preocupar com notas artísticas, os espanhóis fizeram o habitual jogo cínico e foram jogando com o relógio. Bem ao seu estilo, Simeone ganhava o duelo com Rangnick, colocando Dalot, Bruno Fernandes e Ronaldo fora da Liga dos Campeões.