Ricardo Reis: “O BCE agiu tarde e agora vai ter uma missão muitíssimo delicada”

Ricardo Reis, professor na London School of Economics, considera a entrada num cenário de estagflação semelhante ao vivido nos anos 1970 improvável, mas não impossível.

Foto
"Em Outubro, Christine Lagarde disse que nunca subiria as taxas de juro em 2022", sublinha Ricardo Reis. EPA/RONALD WITTEK / POOL

O Banco Central Europeu (BCE) deixou durante os últimos seis meses que as expectativas de inflação subissem e agora, perante o forte impacto da guerra nos preços da energia, vai ter de fazer um “exercício de equilíbrio muitíssimo difícil” para evitar a escalada dos preços sem provocar uma recessão, avisa o economista Ricardo Reis.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Banco Central Europeu (BCE) deixou durante os últimos seis meses que as expectativas de inflação subissem e agora, perante o forte impacto da guerra nos preços da energia, vai ter de fazer um “exercício de equilíbrio muitíssimo difícil” para evitar a escalada dos preços sem provocar uma recessão, avisa o economista Ricardo Reis.