Covid-19: “DGS tem que esclarecer qual é a real gravidade da situação”

“É preciso saber quantas pessoas estão de facto internadas com doença grave covid. Isto não é irrelevante”, porque “até podíamos ter uma estratégia de testagem e de isolamento diferentes”, diz o bastonário da Ordem dos Médicos

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Relatório diário da DGS reporta o número de doentes internados infectados com SARS-Cov-2 Manuel Roberto

“A Direcção-Geral da Saúde [DGS] deve fazer um inquérito para escrutinar a real gravidade da [epidemia de] covid-19 em Portugal”, depois de se ter percebido que uma parte substancial dos doentes internados nas alas dedicadas à doença estão hospitalizados por outras patologias, defende Carlos Antunes, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que tem acompanhado a evolução da pandemia. A DGS “tem que esclarecer a situação e corrigir as tabelas” que surgem no relatório diário em que dá conta da evolução da situação da covid-19 no país, corrobora o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães. “É preciso saber quantas pessoas estão de facto internadas com doença grave covid. Isto não é irrelevante. Se calhar, até podíamos ter uma estratégia de testagem e de isolamento diferentes e as medidas restritivas actuais até podiam deixar de fazer sentido”, enfatiza.

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“A Direcção-Geral da Saúde [DGS] deve fazer um inquérito para escrutinar a real gravidade da [epidemia de] covid-19 em Portugal”, depois de se ter percebido que uma parte substancial dos doentes internados nas alas dedicadas à doença estão hospitalizados por outras patologias, defende Carlos Antunes, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que tem acompanhado a evolução da pandemia. A DGS “tem que esclarecer a situação e corrigir as tabelas” que surgem no relatório diário em que dá conta da evolução da situação da covid-19 no país, corrobora o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães. “É preciso saber quantas pessoas estão de facto internadas com doença grave covid. Isto não é irrelevante. Se calhar, até podíamos ter uma estratégia de testagem e de isolamento diferentes e as medidas restritivas actuais até podiam deixar de fazer sentido”, enfatiza.