Mitos do jejum intermitente. Do Nobel ao poder de detox

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“Como fazer jejum intermitente?” foi das perguntas mais feitas em 2021 no motor de busca da Google em Portugal - ocupou a oitava posição do top 10.

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“Como fazer jejum intermitente?” foi das perguntas mais feitas em 2021 no motor de busca da Google em Portugal - ocupou a oitava posição do top 10.

Neste Vitamina P, o quarto da nossa série sobre dietas da moda, o nutricionista Miguel Godinho responde à pergunta e corrige alguns mitos, errados, associados à dieta.

Na base, o jejum intermitente é uma estratégia alimentar em que se intercalam períodos de jejum (quando não se come nada) com períodos de alimentação.

O jejum é praticado por todo o mundo por motivos religiosos, como acontece no período do Ramadão, mas também situações quotidianas, como quando é preciso fazer análises de estômago vazio. Algumas pessoas, contudo, fazem jejum regularmente como parte da dieta.

No jejum intermitente, o dia é dividido entre períodos em que se pode comer e períodos de jejum. Há vários métodos, mas um dos mais populares é o 16/8: jejuar durante 16 horas e comer nas oito horas seguintes.

Não é muito difícil pensarmos no jejum intermitente como uma coisa que pode trazer conforto e até que se ajusta às nossas rotinas”, sugere Miguel Godinho. “Se eu hoje vou jantar às 20h e depois for dormir e amanhã acordar por volta das 7h30 e fizer o pequeno-almoço às 8h da manhã... Acabei neste momento de fazer um jejum intermitente de 12 horas.”

Há quem defenda que é uma boa forma para controlar o peso e “desintoxicar”, mas ainda há muita ambiguidade ao nível da investigação. “Para o jejum intermitente, existe uma ambiguidade de validade científica”, acautela Miguel Godinho. “Neste momento, o consenso é que não faz bem, nem mal.”

Ao longo do episódio, exploramos os motivos em que o jejum intermitente pode fazer sentido e os cuidados a ter. Por exemplo, para evitar perder massa muscular.

E quais são os mitos relacionados com esta estratégia alimentar? “Um dos maiores mitos é a ideia de que há um prémio Nobel relacionado com o jejum”, partilha o nutricionista Miguel Godinho. “Já me foi dito mais do que uma vez que foi publicado um estudo muito importante sobre a autofagia das células ou a morte programada das células e esse estudo teria dado origem a um prémio Nobel e ilustra bem os benefícios do jejum. Mas quando vamos à procura do Nobel e do estudo que esta por trás em nada tem que ver com o jejum intermitente.”

A fechar o episódio, o Vitamina P explora alguns mitos sobre a cerveja, como a ideia de que beber cerveja ajuda a emagrecer.

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