Uma escatologia do sistema de saúde privado

O caso do Hospital Lusíadas é o exemplo, mais um, em que a extrema lógica de privatização e de mercantilização da saúde se cruza com uma lógica de exclusividade e exclusão.

A notícia do PÚBLICO Jorlan Vieira acusa Hospital Lusíadas: “Difamado, humilhado e objecto de tratamento degradante” por ser estrangeiro é uma daquelas histórias que, se fossem um filme, seriam uma verdadeira obra-prima pasoliniana, em que um pequeno elemento escatológico consegue representar a miserável condição de todo um sistema, neste caso, o “sistema de saúde privado": essa “parte imprescindível do SNS” que tantos defendem com unhas e dentes em nome da “liberdade de escolha”, mas que tem o dom de conseguir levar a mercantilização da saúde até ao ponto mais vergonhoso, sem que falte inaptidão médica, exercício gratuito de poder e, sobretudo, humilhação e xenofobia.

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A notícia do PÚBLICO Jorlan Vieira acusa Hospital Lusíadas: “Difamado, humilhado e objecto de tratamento degradante” por ser estrangeiro é uma daquelas histórias que, se fossem um filme, seriam uma verdadeira obra-prima pasoliniana, em que um pequeno elemento escatológico consegue representar a miserável condição de todo um sistema, neste caso, o “sistema de saúde privado": essa “parte imprescindível do SNS” que tantos defendem com unhas e dentes em nome da “liberdade de escolha”, mas que tem o dom de conseguir levar a mercantilização da saúde até ao ponto mais vergonhoso, sem que falte inaptidão médica, exercício gratuito de poder e, sobretudo, humilhação e xenofobia.