Peng Shuai e a China perdida na tradução

O PCC não entende uma população que não aceita, pelo menos publicamente, as verdades oficialmente veiculadas.

Não é a primeira vez que na China há desaparecimentos de pessoas de grande notoriedade que, de súbito, ninguém avista nas redes sociais ou na comunicação social. Em 2018, por exemplo, aconteceu com a muito famosa, muito rica e muito bonita atriz Fan Bingbing. Surgiram notícias de que falsificava os contratos dos filmes para mostrar cachets menores e pagar menos impostos e, meses depois sem avistamentos, a atriz regressou pedindo desculpas publicamente e pagando os impostos todos que lhe eram exigidos. Pensa-se que tenha estado em “vigilância domiciliária”, eufemismo estatal para sequestrar suspeitos de algum crime por vários meses, fora de uma prisão, às vezes num hotel ou em casas com este destino, sem contactos com o exterior (nem sequer advogados). Qiu Xiaolong, que se (nos) entretém sempre muito com as peculiaridades das autoridades do Partido Comunista Chinês reinante, no seu romance policial Enigma of China, descreve bem o que é esta “detenção extralegal”. É certo que entretanto o mundo tem vivido uma pandemia, porém a carreira de Fan Bingbing também não mais se avistou.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Não é a primeira vez que na China há desaparecimentos de pessoas de grande notoriedade que, de súbito, ninguém avista nas redes sociais ou na comunicação social. Em 2018, por exemplo, aconteceu com a muito famosa, muito rica e muito bonita atriz Fan Bingbing. Surgiram notícias de que falsificava os contratos dos filmes para mostrar cachets menores e pagar menos impostos e, meses depois sem avistamentos, a atriz regressou pedindo desculpas publicamente e pagando os impostos todos que lhe eram exigidos. Pensa-se que tenha estado em “vigilância domiciliária”, eufemismo estatal para sequestrar suspeitos de algum crime por vários meses, fora de uma prisão, às vezes num hotel ou em casas com este destino, sem contactos com o exterior (nem sequer advogados). Qiu Xiaolong, que se (nos) entretém sempre muito com as peculiaridades das autoridades do Partido Comunista Chinês reinante, no seu romance policial Enigma of China, descreve bem o que é esta “detenção extralegal”. É certo que entretanto o mundo tem vivido uma pandemia, porém a carreira de Fan Bingbing também não mais se avistou.