Post truth: quando a ficção se torna realidade

A desinformação e a manipulação da informação não só são levadas a cabo pelos líderes políticos como podem, na verdade, ser desencadeadas por qualquer mortal com uma agenda política ou apenas com o objetivo de ganhar uns trocos.

O termo post-truth [pós-verdade] associa-se a uma realidade em que os factos são encarados como irrelevantes ou menos importantes que as crenças pessoais e as opiniões e onde os apelos emocionais são utilizados para influenciar a opinião pública. Em 2016 o Oxford Dictionary considerou esta a palavra do ano! Lee McIntyre é autor do livro Post-truth em que descreve este fenómeno. Vários exemplos que comprovam que entrámos numa era em que os factos são encarados como irrelevantes são dados no seu livro, onde os mais abundantes dizem respeito à era Trump, que, de certa forma, representa o apogeu desta ficção. O crescimento deste fenómeno está inevitavelmente ligado aos avanços tecnológicos e ao perigoso facto de que atualmente cada um dos sete mil milhões de habitantes do planeta (ou a sua percentagem com acesso à Internet) pode ser um produtor de conteúdos que podem ser colocados em circulação nas redes sociais sem qualquer filtro e de forma imediata. Num contexto destes, o 1984 de George Orwell começa a parecer uma historiazinha para crianças.

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O termo post-truth [pós-verdade] associa-se a uma realidade em que os factos são encarados como irrelevantes ou menos importantes que as crenças pessoais e as opiniões e onde os apelos emocionais são utilizados para influenciar a opinião pública. Em 2016 o Oxford Dictionary considerou esta a palavra do ano! Lee McIntyre é autor do livro Post-truth em que descreve este fenómeno. Vários exemplos que comprovam que entrámos numa era em que os factos são encarados como irrelevantes são dados no seu livro, onde os mais abundantes dizem respeito à era Trump, que, de certa forma, representa o apogeu desta ficção. O crescimento deste fenómeno está inevitavelmente ligado aos avanços tecnológicos e ao perigoso facto de que atualmente cada um dos sete mil milhões de habitantes do planeta (ou a sua percentagem com acesso à Internet) pode ser um produtor de conteúdos que podem ser colocados em circulação nas redes sociais sem qualquer filtro e de forma imediata. Num contexto destes, o 1984 de George Orwell começa a parecer uma historiazinha para crianças.