Afro-Europa

Os “outros” que o prefixo “afro” tenta designar somos “nós”, uma Europa a precisar de ser abanada das suas velhas certezas.

A redefinição da cultura europeia é um contínuo. Mas existem momentos em que essas dinâmicas de transformação se inscrevem de forma mais visível na realidade. Estamos a viver um desses períodos. Os lugares de enunciação têm vindo a modificar-se. Em parte, esse processo desencadeou-se quando filhos e netos das gerações que viveram os processos de descolonização começaram a questionar os ditos, e não ditos, sobre o colonialismo e pós-colonialismo. Em casa, confrontavam-se com a memória de experiências, muitas delas violentas e traumáticas, de familiares. Na escola, para passar de ano, eram obrigados a aprender as narrativas oficiais que denegavam o que lhes era transmitido em casa.

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A redefinição da cultura europeia é um contínuo. Mas existem momentos em que essas dinâmicas de transformação se inscrevem de forma mais visível na realidade. Estamos a viver um desses períodos. Os lugares de enunciação têm vindo a modificar-se. Em parte, esse processo desencadeou-se quando filhos e netos das gerações que viveram os processos de descolonização começaram a questionar os ditos, e não ditos, sobre o colonialismo e pós-colonialismo. Em casa, confrontavam-se com a memória de experiências, muitas delas violentas e traumáticas, de familiares. Na escola, para passar de ano, eram obrigados a aprender as narrativas oficiais que denegavam o que lhes era transmitido em casa.