Aristides de Sousa Mendes: desobedecer para salvar

Sem a desobediência do ex-cônsul em Bordéus, Portugal não seria elogiado pela sua atitude “hospitaleira” durante a II Guerra Mundial, como reivindicaria depois Salazar, ao ficar com os “louros” da atitude de Aristides de Sousa Mendes, sem nunca o reabilitar.

Em alguns dias de Junho de 1940, Aristides de Sousa Mendes (ASM), cônsul de Portugal em Bordéus, salvou milhares de seres humanos, perseguidos pelo regime nacional-socialista alemão por razões políticas, religiosas, étnicas e devido a um anti-semitismo racial. Oitenta e um anos depois, neste 19 de Outubro de 2021, ASM será homenageado no Panteão Nacional. Há inúmeras biografias sobre a figura e a acção do ex-cônsul de Portugal em Bordéus, em 1940, a começar pelo livro pioneiro de Rui Afonso, Injustiça: O Caso Sousa Mendes (1995) e, por isso, vou apenas aqui lembrar por que motivo a sua figura é merecedora dessa e de todas as homenagens.

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Em alguns dias de Junho de 1940, Aristides de Sousa Mendes (ASM), cônsul de Portugal em Bordéus, salvou milhares de seres humanos, perseguidos pelo regime nacional-socialista alemão por razões políticas, religiosas, étnicas e devido a um anti-semitismo racial. Oitenta e um anos depois, neste 19 de Outubro de 2021, ASM será homenageado no Panteão Nacional. Há inúmeras biografias sobre a figura e a acção do ex-cônsul de Portugal em Bordéus, em 1940, a começar pelo livro pioneiro de Rui Afonso, Injustiça: O Caso Sousa Mendes (1995) e, por isso, vou apenas aqui lembrar por que motivo a sua figura é merecedora dessa e de todas as homenagens.