Sara Ocidental: “A pátria ou o martírio é a única solução que vejo”

Cansados de esperar quase 50 anos para que se resolva a ocupação marroquina do território sarauí, os jovens nascidos no exílio, nas areias da Argélia, pegaram agora em armas para defender a causa, depois de 29 anos de cessar-fogo. Omar Deidi, de 23 anos, é um deles.

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Omar Deidi, o intelectual que congelou os seus estudos para defender a pátria sarauí Sofia Lorena

Omar Deidi só tem 23 anos, mas às vezes parece ter vivido aquilo que só os seus avós podem ter experienciado. Nasceu refugiado, como dezenas de milhares de sarauís, em acampamentos no deserto argelino, contíguos ao Sara Ocidental, ocupado por Marrocos desde 1975, e à Mauritânia. Os seus pais ainda nasceram do lado de lá do muro que Rabat entretanto ergueu, o maior muro do mundo, com 2700 quilómetros, mas entre os que nasceram por aqui já há pais e avós, 49 anos dá tempo para muito.

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Omar Deidi só tem 23 anos, mas às vezes parece ter vivido aquilo que só os seus avós podem ter experienciado. Nasceu refugiado, como dezenas de milhares de sarauís, em acampamentos no deserto argelino, contíguos ao Sara Ocidental, ocupado por Marrocos desde 1975, e à Mauritânia. Os seus pais ainda nasceram do lado de lá do muro que Rabat entretanto ergueu, o maior muro do mundo, com 2700 quilómetros, mas entre os que nasceram por aqui já há pais e avós, 49 anos dá tempo para muito.