DGS planeia dupla vacinação. Brasil ultrapassa 600 mil mortes

As principais notícias desta sexta-feira, dia 8 de Outubro, sobre a pandemia de covid-19.

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Nuno Ferreira Santos

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) quer dar a terceira dose da vacina contra a covid-19 e da vacina contra a gripe ao mesmo tempo. A directora-geral Graça Freitas explicou esta sexta-feira que aguardam um documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesse sentido, mas se assim não for, assegurou que o plano B – a administração das duas vacinas com um intervalo de 14 dias – está pronto a arrancar. O processo de reforço da vacina contra a covid-19 irá começar na próxima semana, mas ainda sem dia certo. As pessoas com 80 e mais anos, assim como os residentes em lares ou em unidades de cuidados continuados, fazem parte dos grupos prioritários.

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A Direcção-Geral da Saúde (DGS) quer dar a terceira dose da vacina contra a covid-19 e da vacina contra a gripe ao mesmo tempo. A directora-geral Graça Freitas explicou esta sexta-feira que aguardam um documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesse sentido, mas se assim não for, assegurou que o plano B – a administração das duas vacinas com um intervalo de 14 dias – está pronto a arrancar. O processo de reforço da vacina contra a covid-19 irá começar na próxima semana, mas ainda sem dia certo. As pessoas com 80 e mais anos, assim como os residentes em lares ou em unidades de cuidados continuados, fazem parte dos grupos prioritários.

Esta faixa etária é prioritária precisamente por ser aquela em que se regista um maior decréscimo na taxa de efectividade da vacina a partir dos quatro a cinco meses após a conclusão do esquema vacinal contra a covid-19. Os estudos realizados até ao momento pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) mostram que a protecção das vacinas contra hospitalização passa dos 80% para os 60% nos idosos com 80 e mais anos, e a protecção contra a morte nesta faixa etária passou de 87% para cerca 75%.

Aliás, mais de 43 mil pessoas com vacinação completa contra a covid-19 foram infectadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, o que representa 0,5% do total de vacinados, e 467 morreram, indica o relatório das “linhas vermelhas” da pandemia divulgado esta sexta-feira. De acordo com esta análise de risco da pandemia, entre as pessoas infectadas, 774 (1,8%) foram internadas com diagnóstico principal de covid-19, mais de metade das quais idosos com mais de 80 anos.

Os números divulgados pela DGS esta sexta-feira mostram que Portugal se mantém na área verde da matriz de risco que monitoriza a evolução da situação epidemiológica no país. O índice de transmissibilidade do vírus, o R(t), manteve-se de 0,91 a nível nacional e subiu para 0,92 no território continental. A incidência, por sua vez, desceu e fixa-se actualmente em 86,5 casos de infecção por 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias, em Portugal, valor que sobe para os 86,7 no território continental.

Portugal registou, na quinta-feira, oito mortes e 841 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Foram também reportadas mais 697 recuperações.

O país contabiliza um total de 18.027 óbitos por covid-19 e 1.074.109 casos confirmados de infecção, desde o início da pandemia. Há mais 21 pessoas hospitalizadas esta sexta-feira (num total de 332). Por outro lado, saíram também duas pessoas de unidades de cuidados intensivos (num total de 52).

Brasil atinge 600 mil mortes

O Brasil ultrapassou esta sexta-feira a marca de 600 mil mortes devido à covid-19 (600.425), cerca de 19 meses após o primeiro óbito no país e num momento em que a pandemia está em queda em solo brasileiro. Apesar disso, mantém-se o terceiro país com a maior média diária de novas mortes e o segundo com mais óbitos em números absolutos.

Nas últimas 24 horas, o país sul-americano registou 615 vítimas mortais, segundo dados do Governo, sendo que a média de mortes diárias está em 453, o menor número desde Novembro do ano passado e bem abaixo das médias superiores a 3000 mortes registadas em Abril último, no auge da segunda vaga da pandemia.

Impacto na saúde mental

As conclusões preliminares do primeiro estudo a apresentar uma estimativa do impacto da pandemia na saúde mental em todo o mundo, divulgado esta sexta-feira na revista The Lancet, mostram um aumento de quase 28% dos casos de depressão major e de quase 26% dos casos de ansiedade, revelando ainda que estes problemas afectaram mais as mulheres (o dobro que os homens) e os jovens. “Não tomar nenhuma medida para lidar com o fardo dos distúrbios de depressão e ansiedade não pode sequer ser uma opção”, alertam os autores do estudo.