Manuel Vilarinho aconselha silêncio a ex-dirigentes

Ex-jogador e treinador dos “encarnados” Toni entende que o Benfica tem que ser o único vencedor destas eleições.

Foto
Manuel Vilarinho votou e aconselhou uma espécie de voto de silêncio aos ex-dirigentes LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O ex-presidente do Benfica Manuel Vilarinho aconselhou este sábado todos os antigos dirigentes e figuras ligadas ao clube a permanecerem em silêncio em dia de eleições para os órgãos sociais dos “encarnados”, pois “só agudizam a crise".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O ex-presidente do Benfica Manuel Vilarinho aconselhou este sábado todos os antigos dirigentes e figuras ligadas ao clube a permanecerem em silêncio em dia de eleições para os órgãos sociais dos “encarnados”, pois “só agudizam a crise".

"Em tempos de crise, aconselho todos os ex-dirigentes e gente ligada ao Benfica a não falar. Só agudizam a crise e quem sofre é o Benfica. Portanto, bico calado e toca a andar", afirmou.

Líder das “águias” entre 2000 e 2003, Manuel Vilarinho, de 73 anos, exerceu o direito de voto pelas 16h30, pouco antes de Toni, antigo jogador e treinador do clube da Luz, que apelou à união do Benfica, pois “será sempre mais forte” que um clube fracturado.

"Hoje, quem ganha é o Benfica. A constituir-se uma oposição, que seja construtiva, vigilante, ciente de que um Benfica fracturado será sempre mais fraco que um Benfica unido. O grande vencedor, depois das eleições, só pode ser um Benfica, e não dois Benficas", expressou.

Uma das figuras mais reconhecidas da história do Benfica não está surpreendido com a afluência dos sócios benfiquistas, que já ultrapassaram os 32 mil votantes.

“Pela dimensão do Benfica e porque há valores democráticos entranhados, os sócios, em momentos importantes como este, fazem questão de elevar o clube. É o ADN do adepto marcar presença nas eleições”, sublinhou.

Entre as duas listas concorrentes, Toni frisou que, em termos de paixão ao clube, os dois candidatos encontram-se equiparados, porque “o Benfica não se pesa”.

“Temos um homem como o Rui Costa, que começou como apanha-bolas, foi jogador profissional e aparece como candidato a presidente do Benfica. Depois, há Francisco Benitez, que não conheço, mas que será tão benfiquista como aqueles que hoje votam e como o outro candidato. Em termos de benfiquismo, equiparam-se, pois o Benfica não se pesa, todos vivem e sofrem com o clube”, realçou.