Bruce Nauman em Veneza, um artista de (re)visita a si mesmo

Uma peça nova e três nunca vistas na Europa são os chamarizes de Bruce Nauman: Contrapposto Studies, exposição que faz a ponte entre o trabalho dos anos 1960 de um dos mais importantes artistas contemporâneos vivos e as suas reinterpretações recentes.

Foto
Walking a Line (2019) Bruce Nauman by SIAE 2021

Bruce Nauman é o nosso batimento cardíaco na ponta de uma ilha em Veneza, sincopado mas por vezes errático — e por isso ideal para 2021. A Fundação Pinault e o Philadelphia Museum of Art adquiriram os seus Contrapposto Studies, I through VII (2015/16) e fizeram na Punta della Dogana uma exposição-celebração do que cabe no trabalho deste importante artista contemporâneo desde Walk with Contrapposto (1968) até aos nossos dias. O arrastar do seu pé, repetido e cacofónico na instalação de vídeo dos Studies numa sala gigantesca da antiga alfândega restaurada pelo arquitecto Tadao Ando, torna-se quase uma onomatopeia, repetida até à imersão, sentida nas aurículas e nos ventrículos do espectador. “Quero [que a minha arte] seja veemente e agressiva porque isso força as pessoas a prestar atenção”, disse o artista, citado pelos curadores Carlos Basualdo e Caroline Bourgeois.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Bruce Nauman é o nosso batimento cardíaco na ponta de uma ilha em Veneza, sincopado mas por vezes errático — e por isso ideal para 2021. A Fundação Pinault e o Philadelphia Museum of Art adquiriram os seus Contrapposto Studies, I through VII (2015/16) e fizeram na Punta della Dogana uma exposição-celebração do que cabe no trabalho deste importante artista contemporâneo desde Walk with Contrapposto (1968) até aos nossos dias. O arrastar do seu pé, repetido e cacofónico na instalação de vídeo dos Studies numa sala gigantesca da antiga alfândega restaurada pelo arquitecto Tadao Ando, torna-se quase uma onomatopeia, repetida até à imersão, sentida nas aurículas e nos ventrículos do espectador. “Quero [que a minha arte] seja veemente e agressiva porque isso força as pessoas a prestar atenção”, disse o artista, citado pelos curadores Carlos Basualdo e Caroline Bourgeois.