Infarmed suspende venda de quatro lotes de medicamento para deixar de fumar

Decisão do regulador abrange fármaco Champix. Detecção de impurezas acima do valor limite motivou suspensão.

Foto
Nuno Ferreira Santos/Arquivo

A autoridade nacional do medicamento (Infarmed) mandou suspender esta sexta-feira a venda de quatro lotes do medicamento para ajudar a parar de fumar Champix, por ter sido detectada uma impureza com valores acima do aceitável.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A autoridade nacional do medicamento (Infarmed) mandou suspender esta sexta-feira a venda de quatro lotes do medicamento para ajudar a parar de fumar Champix, por ter sido detectada uma impureza com valores acima do aceitável.

Os laboratórios Pfizer informaram a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde de que vão “proceder à recolha voluntária dos lotes do medicamento Champix (0,5 mg) + (1 mg), e Champix 1 mg, comprimidos revestidos por película, por ter sido detectada a presença da impureza N-nitrosovareniclina, acima do limite de ingestão diária aceitável, determinado pela Agência Europeia do Medicamento” (EMA, sigla em inglês), adianta o Infarmed numa circular informativa publicada no seu site.

Em causa está o lote n.º 00022509, com validade até 30 de Junho de 2022, de Champix (0,5 mg) + (1 mg), e os lotes de Champix 1 mg com os números 00021871 e 00021975, ambos com validade até 31 de Agosto do próximo ano, e o lote nº 00023335, cujo prazo expira em 21 de Novembro de 2022.

Na circular informativa, o Infarmed alerta as entidades que tenham estes lotes em stock para não os vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

Aconselha ainda os doentes que estejam a utilizar estes lotes do Champix, medicamento indicado para a cessação tabágica em adultos, a não interromper o tratamento, mas para contactarem “logo que possível” o médico para substituir por outro lote ou um medicamento alternativo.

No final de Junho, o Infarmed também já tinha determinado a suspensão da comercialização de dois lotes deste medicamento, com a validade de 30 de Setembro deste ano, também por terem sido detectados valores elevados da impureza N-nitrosovareniclina acima do limite de ingestão diária aceitável calculado pela Pfizer de 733 nanograma (ng)/dia.