Rio ataca sondagens e diz que o seu “feeling” é Moedas ganhar

Líderes do PSD e do CDS estiveram com Carlos Moedas num almoço no Parque Mayer.

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Rio esteve na mesma mesa que Carlos Moedas e do que Francisco Rodrigues dos Santos Nuno Ferreira Santos

Foi a costela de economista mas também a de admirador da política alemã que transpareceu no discurso de campanha de Rui Rio em Lisboa ao lado de Carlos Moedas. Na única vez que o líder do PSD (e do CDS) esteve com o candidato da coligação na campanha oficial, num almoço no Parque Mayer, Rui Rio aproveitou para fazer um ataque às sondagens – “são encomendadas ou são uma vigarice” – e também para criticar a intenção do Governo em mexer na taxa liberatória do arrendamento.

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Foi a costela de economista mas também a de admirador da política alemã que transpareceu no discurso de campanha de Rui Rio em Lisboa ao lado de Carlos Moedas. Na única vez que o líder do PSD (e do CDS) esteve com o candidato da coligação na campanha oficial, num almoço no Parque Mayer, Rui Rio aproveitou para fazer um ataque às sondagens – “são encomendadas ou são uma vigarice” – e também para criticar a intenção do Governo em mexer na taxa liberatória do arrendamento.

Ao lado de Carlos Moedas e do líder do CDS, Rio disse ter analisado as sondagens na Alemanha, onde há eleições legislativas no próximo domingo, e verificado que têm “um padrão” de resultados entre as várias empresas ao contrário do que acontece em Portugal em que as percentagens de um candidato têm uma ampla variação em cada semana. “Aqui numa semana dão mais 20% ao candidato A, na seguinte mais 7% ao candidato B. Isto – desculpem-me o termo – é uma vigarice, algumas sondagens são encomendadas, tudo bem, mas mesmo as que não são encomendadas compare-se com o que vi na Alemanha (…) Aqui é de qualquer maneira, por um lado, e as outras são compradas”, disparou.

Rio falava de pé, na mesa onde almoçou, segurando o microfone na mão, depois de ter sido instalado à pressa um sistema de som para as intervenções já que não estava previsto discurso do líder social-democrata mas apenas de Moedas e de Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder do PSD deixou elogios ao candidato e ex-comissário europeu – lembrando até que o seu percurso foi ao contrário, da política nacional, europeia e agora local – e disse não saber quem irá conquistar a câmara. “Quem vai ganhar? Não sabemos, o meu feeling é que ganha o Carlos Moedas”, atirou.

Perante alguns actores (Carlos Cunha e João Carvalho entre outros), e depois de recordar algumas das suas opções na área da cultura enquanto presidente da câmara do Porto, o líder do PSD virou-se para a política nacional para criticar a “pressão” que PCP e BE andam a fazer para o Governo mudar a taxa liberatória de 28% aplicável ao arrendamento, propondo o englobamento no IRS. “Temos um governo que vê capitalistas em todo o lado, tudo o que mexe é capitalista, e está a fazer ao contrário do que deve ser feito”, apontou, confessando que neste assunto domina mais a sua “costela de economista do que de político”.

A mesma questão esteve também na intervenção de Francisco Rodrigues dos Santos, ainda que ao de leve, ao acusar o socialista Fernando Medina de falhar a promessa de disponibilizar seis mil casas com renda acessível e apontar o dedo ao Governo por abrir a porta ao aumento das rendas e a evitar colocar as suas casas no mercado. O líder do CDS também falou de pé, na mesa principal, mas aproveitou o atraso do almoço para cumprimentar os apoiantes.

Dirigindo-se ao próprio candidato, Francisco Rodrigues dos Santos ensaiou um discurso securitário. “Carlos, Lisboa precisa de lei e ordem, de combate à criminalidade”, defendeu, considerando que “Lisboa é das cidades mais inseguras da Área Metropolitana de Lisboa”.

Tal como tem feito o candidato da coligação nas últimas semanas, o líder do CDS fez o apelo ao voto útil. Mas fê-lo ao jeito da presidente da câmara de Madrid Isabel Ayuso: “Um voto que não seja em Carlos Moedas, é em Fernando Medina. Só há uma opção: liberdade ou socialismo”.

O apelo ao voto útil já se tinha ouvido da boca de Carlos Moedas. Mas, perante a plateia de gente da cultura, o candidato defendeu que “não são os políticos que devem escolher os projectos que financiam” e prometeu que, se for eleito, essas escolhas “vão ser técnicas”. Ao mesmo tempo deixou um recado contra a subsidiodependência no sector: “Não vou querer que os da cultura venham para a minha comissão de honra porque eu lhes pago um subsídio”.