Aldo Sambrell, cara de mau
Foi sempre o vilão e morreu em quase todos os filmes em que entrou, incluindo a “Trilogia dos dólares” de Leone, que foi padrinho de baptismo do seu filho. Mas também foi futebolista.
Certo dia, no arranque da década de 1960, um jovem futebolista espanhol com coração de actor pediu uma oportunidade a um realizador que se ia lançar numa produção. “Não precisas de saber como interpretar um papel”, respondeu-lhe o realizador. “Preciso de alguém que saiba montar a cavalo. Tu sabes?” E o jovem futebolista não deu parte de fraco. “Claro! Vivi muitos anos no México, e lá, quem não monta a cavalo é como se fosse coxo.” O jovem futebolista não sabia andar a cavalo, mas foi aprender, e o realizador deu-lhe uma oportunidade. Seria o início de uma longa carreira no cinema com centenas de títulos, quase sempre como o “mau da fita”, quase sempre secundário ou figurante, quase nunca com o papel principal. Aldo Sambrell não tinha rosto de herói. Tinha cara de mau.
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Certo dia, no arranque da década de 1960, um jovem futebolista espanhol com coração de actor pediu uma oportunidade a um realizador que se ia lançar numa produção. “Não precisas de saber como interpretar um papel”, respondeu-lhe o realizador. “Preciso de alguém que saiba montar a cavalo. Tu sabes?” E o jovem futebolista não deu parte de fraco. “Claro! Vivi muitos anos no México, e lá, quem não monta a cavalo é como se fosse coxo.” O jovem futebolista não sabia andar a cavalo, mas foi aprender, e o realizador deu-lhe uma oportunidade. Seria o início de uma longa carreira no cinema com centenas de títulos, quase sempre como o “mau da fita”, quase sempre secundário ou figurante, quase nunca com o papel principal. Aldo Sambrell não tinha rosto de herói. Tinha cara de mau.