Aldo Sambrell, cara de mau

Foi sempre o vilão e morreu em quase todos os filmes em que entrou, incluindo a “Trilogia dos dólares” de Leone, que foi padrinho de baptismo do seu filho. Mas também foi futebolista.

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Sergio Corbucci deu um papel de destaque a Sambrell em "Navajo Joe" DR

Certo dia, no arranque da década de 1960, um jovem futebolista espanhol com coração de actor pediu uma oportunidade a um realizador que se ia lançar numa produção. “Não precisas de saber como interpretar um papel”, respondeu-lhe o realizador. “Preciso de alguém que saiba montar a cavalo. Tu sabes?” E o jovem futebolista não deu parte de fraco. “Claro! Vivi muitos anos no México, e lá, quem não monta a cavalo é como se fosse coxo.” O jovem futebolista não sabia andar a cavalo, mas foi aprender, e o realizador deu-lhe uma oportunidade. Seria o início de uma longa carreira no cinema com centenas de títulos, quase sempre como o “mau da fita”, quase sempre secundário ou figurante, quase nunca com o papel principal. Aldo Sambrell não tinha rosto de herói. Tinha cara de mau.

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Certo dia, no arranque da década de 1960, um jovem futebolista espanhol com coração de actor pediu uma oportunidade a um realizador que se ia lançar numa produção. “Não precisas de saber como interpretar um papel”, respondeu-lhe o realizador. “Preciso de alguém que saiba montar a cavalo. Tu sabes?” E o jovem futebolista não deu parte de fraco. “Claro! Vivi muitos anos no México, e lá, quem não monta a cavalo é como se fosse coxo.” O jovem futebolista não sabia andar a cavalo, mas foi aprender, e o realizador deu-lhe uma oportunidade. Seria o início de uma longa carreira no cinema com centenas de títulos, quase sempre como o “mau da fita”, quase sempre secundário ou figurante, quase nunca com o papel principal. Aldo Sambrell não tinha rosto de herói. Tinha cara de mau.