Covid-19. Casos, mortalidade e pressão hospitalar com tendência decrescente em Portugal

Relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas para a covid-19 revela que “actividade epidémica” tem “tendência decrescente a nível nacional”.

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Testagem de funcionários e professores em Lisboa LUSA/MÁRIO CRUZ

A incidência de infecções com o novo coronavírus é moderada em Portugal, com tendência decrescente, revela esta sexta-feira o relatório das “linhas vermelhas”, que aponta igualmente uma tendência decrescente na mortalidade por covid-19 e na pressão sobre hospitais.

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A incidência de infecções com o novo coronavírus é moderada em Portugal, com tendência decrescente, revela esta sexta-feira o relatório das “linhas vermelhas”, que aponta igualmente uma tendência decrescente na mortalidade por covid-19 e na pressão sobre hospitais.

Segundo o relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas para a covid-19, “a análise dos diferentes indicadores revela uma actividade epidémica de infecção por SARS-CoV-2 de moderada intensidade, com tendência decrescente a nível nacional, assim como uma tendência decrescente na pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade por covid-19”.

O documento é publicado todas as sextas-feiras pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa).

De acordo com o relatório semanal, nenhuma região do país apresenta uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes, sendo que o número de novas infecções por SARS-CoV-2 foi de 166 casos por 100 mil habitantes, “com tendência decrescente a nível nacional”.

Os especialistas da DGS e do Insa realçam que nos idosos, grupo etário mais vulnerável à covid-19, o número de novas infecções foi de 94 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, com tendência decrescente em todo o país.

O índice de transmissibilidade — R(t) — situa-se a nível nacional em 0,83, “indicando uma tendência decrescente da incidência de infecções por SARS-CoV-2”.

O relatório refere que o número de internados em unidades de cuidados intensivos hospitalares em Portugal continental caiu de 50% para 40% “do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

Em termos nacionais, a proporção de testes positivos para o SARS-CoV-2 diminuiu esta semana dos 3,1% para 1,9%, “encontrando-se abaixo do limiar definido de 4,0%”, muito embora “o aumento” verificado no “número de testes para detecção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”.

A mortalidade por covid-19 situa-se nos 11,9 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes.

A variante Delta do SARS-CoV-2, identificada pela primeira vez na Índia, domina em todas as regiões do país, “com uma frequência relativa de 99,7% dos casos” avaliados na semana de 30 de Agosto a 5 de Setembro.

A DGS e o Insa destacam, ainda, que nos últimos sete dias 98% dos casos de infecção por SARS-CoV-2 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 92% dos casos.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.

A variante Delta, classificada pela Organização Mundial da Saúde como “de preocupação”, é a mais contagiosa de todas.

Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 17.895 pessoas e foram contabilizados 1.007.911 casos de infecção, segundo o boletim actualizado da DGS.