Ângela Ferreira: “Foi um dia alucinante, uma coisa estranha e desafiadora”

No dia 11 de Setembro de 2001, a artista Ângela Ferreira, há anos a viver na África do Sul, estava em casa a trabalhar. “Foi um dia alucinante, uma coisa estranha e desafiadora.” Este é um dos depoimentos recolhidos pelo PÚBLICO para assinalar a data.

Foto
Rui Gaudêncio

Eu estava em Cape Town, na África do Sul, em casa a trabalhar. Devia ser final da manhã. Um vizinho, que também trabalhava em esculturas, apareceu-me — ainda me lembro da cara dele por cima do portão — e disse-me, histérico: “Switch on your TV, switch on your TV!”. Acendi a televisão. Levei algum tempo a conseguir perceber, ou a tentar perceber, o que estava a acontecer. Como toda a gente. Vi a primeira torre cair, e depois a segunda. Quando a segunda caiu, já tinha percebido. Já havia notícias no ar, fiquei colada à televisão e ao telefone, as duas coisas aconteciam entre os amigos e as pessoas. Foi um evento global, eu tinha família cá em Portugal e os meus pais telefonaram.

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Eu estava em Cape Town, na África do Sul, em casa a trabalhar. Devia ser final da manhã. Um vizinho, que também trabalhava em esculturas, apareceu-me — ainda me lembro da cara dele por cima do portão — e disse-me, histérico: “Switch on your TV, switch on your TV!”. Acendi a televisão. Levei algum tempo a conseguir perceber, ou a tentar perceber, o que estava a acontecer. Como toda a gente. Vi a primeira torre cair, e depois a segunda. Quando a segunda caiu, já tinha percebido. Já havia notícias no ar, fiquei colada à televisão e ao telefone, as duas coisas aconteciam entre os amigos e as pessoas. Foi um evento global, eu tinha família cá em Portugal e os meus pais telefonaram.