FIFA promete punir Hungria por insultos racistas na partida com Inglaterra

Primeiro-ministro Boris Johnson pede “medidas firmes” após público húngaro ter insultado jogadores ingleses na partida de qualificação para o Mundial do Qatar, tal como já tinha ocorrido no Euro 2020.

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Adeptos húngaros são recorrentes em insultos xenófobos nos jogos de futebol Reuters/CARL RECINE

A FIFA garante que irá tomar “medidas adequadas” para punir os insultos racistas dirigidos aos jogadores da Inglaterra durante a partida com a Hungria de qualificação para o Mundial 2022, disputada esta quinta-feira à noite, no Estádio Puskas Arena, em Budapeste. Uma reacção que surge após os apelos do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para que o organismo que gere o futebol mundial actuasse perante estes incidentes.

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A FIFA garante que irá tomar “medidas adequadas” para punir os insultos racistas dirigidos aos jogadores da Inglaterra durante a partida com a Hungria de qualificação para o Mundial 2022, disputada esta quinta-feira à noite, no Estádio Puskas Arena, em Budapeste. Uma reacção que surge após os apelos do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para que o organismo que gere o futebol mundial actuasse perante estes incidentes.

“É completamente inaceitável que jogadores ingleses tenham sofrido abusos racistas na Hungria”, lamentou o governante, apelando à FIFA para que sejam tomadas “medidas firmes” contra os responsáveis “para garantir que este tipo de comportamento vergonhoso seja erradicado do jogo para sempre”.

Durante o jogo, que terminou com uma goleada inglesa por 4-0, adeptos húngaros, que lotaram as bancadas, dirigiram gritos de macaco a Raheem Sterling e Jude Bellingham, mas terão também dirigido insultos anti-semitas a outros futebolistas visitantes. Os impropérios começaram ainda antes do apito inicial, quando os jogadores adversários se ajoelharam num protesto simbólico contra o racismo.

“Não há mais nada que este grupo de jogadores ou equipa possa fazer na luta contra o racismo”, referiu o seleccionador Gareth Southgate no final do encontro, insistindo que cabe às autoridades endurecerem a sua posição perante este tipo de ataques.

Os adeptos húngaros são recorrentes neste tipo de violência xenófoba, tendo a federação do país sido já condenada a jogar à porta fechada os seus próximos três jogos em casa para as competições da UEFA (uma condenação que não foi alargada às provas organizadas pela FIFA). Tudo pelo “comportamento discriminatório” do público durante as três partidas da fase de grupos do recente Euro 2020.

Em comunicado, a FIFA “rejeita veementemente” esta ou qualquer forma de racismo ou violência, prometendo “medidas adequadas assim que receber os relatórios da partida em questão. O passo seguinte será a abertura de um processo disciplinar contra a federação magiar, que poderá implicar a perda de pontos, jogos à porta fechada e, em última instância, a expulsão das competições.

Em resposta, o Governo húngaro defendeu-se atacando. Já esta sexta-feira, o ministro das Relações Externas e Comércio, Peter Szijjarto, partilhou na plataforma social Facebook um vídeo com adeptos da Inglaterra a desrespeitarem com assobios e vaias o hino da Itália, antes da final do Euro 2020, no Estádio de Wembley, em Londres.

Para a Hungria irá deslocar-se agora a selecção portuguesa, que irá defrontar o Qatar, numa partida particular, a disputar na cidade de Debrecen.