Fogo de Odemira consumiu cerca de 1100 hectares

As chamas consumiram uma área estimada de 1100 hectares, num perímetro de 20 quilómetros, revelou a Protecção Civil.

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Daniel Rocha

O incêndio que deflagrou na quarta-feira no concelho de Odemira, Beja, foi dominado esta quinta-feira por volta das 18h40. As chamas consumiram uma área estimada de 1100 hectares, num perímetro de 20 quilómetros, revelou a Protecção Civil.

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O incêndio que deflagrou na quarta-feira no concelho de Odemira, Beja, foi dominado esta quinta-feira por volta das 18h40. As chamas consumiram uma área estimada de 1100 hectares, num perímetro de 20 quilómetros, revelou a Protecção Civil.

“A área [ardida] que apurámos tem cerca de 1100 hectares, com um perímetro estimado de 20 quilómetros”, disse José Guilherme Marcos, o segundo-comandante regional de Emergência e Protecção Civil do Alentejo, ​numa conferencia de imprensa em Sabóia, para fazer o ponto de situação. Segundo o responsável, as entidades competentes irão apurar a área final ardida, mas, de acordo com as previsões, “este incêndio tinha um potencial de dano que poderia chegar a cerca de seis mil hectares”.

Pela área que se estima ter ardido, toda no concelho de Odemira, distrito de Beja, “dá para ver a intensidade do incêndio”, o “desempenho de excelência” e “a dificuldade que homens e mulheres tiveram para que chegássemos ao dia de hoje e a esta hora com o incêndio dominado”, frisou. No entanto, vincou, “os operacionais vão manter toda a consolidação do perímetro de incêndio”​​​​​​​, pois “​​​​​​​há muito trabalho ainda pela frente, de algumas horas”.

Operacionais vão continuar no terreno

Apesar de o incêndio estar dado como concluído, os operacionais vão continuar no terreno. “Ainda há muito trabalho pela frente”, diz o comandante. 

A Estrada Regional 266 e o Caminho Municipal 1160 vão manter-se fechados a veículos civis, por questões de segurança​​​​​​​ e para permitir a circulação de viaturas de socorro.

Durante a noite desta quinta-feira a humidade vai “ajudar os operacionais a consolidar o perímetro de incêndio, que é grande, bastante extenso”, indicou ainda o segundo-comandante. “Vamos manter os operacionais no terreno e só vamos dar o incêndio como finalizado quando todos tivermos a certeza de que não irá reactivar”, reforçou Guilherme Marcos.

O comandante destaca que o incêndio foi dominado “sem feridos graves no seio dos operacionais”. No entanto, “infelizmente”, há a “lamentar” um ferido civil, com queimaduras graves em 40% do corpo e que está internado no Hospital de Faro.

Já ao nível de operacionais, apenas “feridos leves, com pequenas entorses, exaustão, pequenas quedas”.

Na quarta-feira, ao longo da tarde, chegaram a estar envolvidos no combate às chamas 12 meios aéreos, entre aviões bombardeiros e helicópteros.

José Guilherme Marcos apelou à população para “não ter comportamentos de risco”, que possam causar incêndios, e para cumprir todas as regras e orientações “emanadas pelas diversas entidades”, como a proibição do uso de fogo. “Isto ajuda a que não tenhamos este tipo de ocorrência. Não podemos esquecer que os meios são finitos”, sublinhou.

Já Tomás Silva, da GNR, disse que a força de segurança está “a realizar diligências” para “apurar factos concretos” sobre as causas do incêndio.