DGS está a analisar o reconhecimento de outras vacinas contra a covid-19

O reconhecimento de outras vacinas, diferentes daquelas que fazem parte do certificado europeu digital, irá permitir que pessoas com vacinação completa de vários países não sejam obrigadas a fazer quarentena quando chegam a Portugal.

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Reuters/DADO RUVIC

Portugal está a avaliar o reconhecimento de outras vacinas contra a covid-19, além das quatro que são reconhecidas pelo certificado digital europeu e que permitem a quem tem vacinação completa não fazer quarentena quando se deslocam a determinados países. Segundo a SIC, o Infarmed decidiu reconhecer a Covishield, a vacina da AstraZeneca produzida na Índia, e a Sinovac, de produção chinesa, cabendo agora à Direcção-Geral da Saúde (DGS) elaborar uma orientação que permita esse reconhecimento.

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Portugal está a avaliar o reconhecimento de outras vacinas contra a covid-19, além das quatro que são reconhecidas pelo certificado digital europeu e que permitem a quem tem vacinação completa não fazer quarentena quando se deslocam a determinados países. Segundo a SIC, o Infarmed decidiu reconhecer a Covishield, a vacina da AstraZeneca produzida na Índia, e a Sinovac, de produção chinesa, cabendo agora à Direcção-Geral da Saúde (DGS) elaborar uma orientação que permita esse reconhecimento.

Ainda de acordo com o mesmo canal televisivo, o reconhecimento destas vacinas foi um dos pedidos feito pelos luso-brasileiros ao Presidente da República durante a viagem ao Brasil. Este reconhecimento permitiria que as pessoas que foram imunizadas com estas vacinas e têm o esquema completo deixem de ter de fazer quarentena quando chegam a Portugal. O mesmo se aplicaria a outros países onde estas vacinas foram administradas. Na União Europeia, refere a SIC, a França, a Irlanda e a Croácia já reconhecem a vacina da AstraZeneca produzida na Índia.

O PÚBLICO questionou o Infarmed, a DGS e o Ministério da Saúde sobre este processo. “Relativamente ao reconhecimento das várias vacinas disponíveis para efeitos da sua aceitação, nomeadamente entre países, o Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, facultou em momento próprio as informações necessárias à Direcção-Geral da Saúde”, disse aquele organismo.

O Infarmed adiantou que “a Direcção-Geral da Saúde encontra-se a redigir orientações nesta matéria, devendo qualquer questão ser directamente colocada a esta entidade”. Também o ministério remeteu as questões para a DGS, que esta quinta-feira confirmou “que se encontra a elaborar orientações sobre estas matérias, as quais serão oportunamente publicadas”.

A aquisição de outras vacinas, diferentes das quatro reconhecidas até ao momento pela Agência Europeia do Medicamento, não está em cima da mesa. “Portugal continua a receber e a adquirir vacinas no âmbito dos fornecimentos enquadrados pelos contratos celebrados pela Comissão Europeia, a saber com a AstraZeneca, Janssen, Moderna e BioNTech/Pfizer”, respondeu o Infarmed.

Nota: Actualização da notícia com a resposta da Direcção-Geral da Saúde esta quinta-feira