Mural “Quem és Porto?” pode desaparecer? Câmara admite que sim, artista não desistiu

Maior painel de azulejos comunitário da cidade pode ter fim à vista. Artista Miguel Januário diz que Câmara do Porto pode fazer mais, mas autarquia fala em ausência de “consenso” com proprietários do edifício para salvar a obra.

Foto
Painel com mais de 3000 azulejos foi instalado na Rua da Madeira em 2015 Nelson Garrido

Quando Miguel Januário coordenou a criação do maior painel de azulejos comunitário da cidade e nele inscreveu a pergunta “Quem és Porto?” não imaginava que, seis anos depois, o destino do próprio painel seria uma espécie de resposta à questão nele contido. “Se for removido, dá uma resposta a este ‘quem és Porto’. Seria sinal de uma cidade entregue aos tempos descartáveis em que vivemos”, afirma. O artista, mais conhecido pela sigla ±MAISMENOS±, guarda ainda alguma “esperança” num desfecho feliz. Embora o contrário não fosse surpreendente: “Não me espantava…” Ao PÚBLICO, a Câmara do Porto admite que a obra não poderá, de facto, permanecer no local.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Quando Miguel Januário coordenou a criação do maior painel de azulejos comunitário da cidade e nele inscreveu a pergunta “Quem és Porto?” não imaginava que, seis anos depois, o destino do próprio painel seria uma espécie de resposta à questão nele contido. “Se for removido, dá uma resposta a este ‘quem és Porto’. Seria sinal de uma cidade entregue aos tempos descartáveis em que vivemos”, afirma. O artista, mais conhecido pela sigla ±MAISMENOS±, guarda ainda alguma “esperança” num desfecho feliz. Embora o contrário não fosse surpreendente: “Não me espantava…” Ao PÚBLICO, a Câmara do Porto admite que a obra não poderá, de facto, permanecer no local.