Porto sucede a Angra como palco do Campeonato de Portugal ORC

Entre 21 e 24 de Julho de 2022, o Clube de Vela Atlântico será responsável pela organização da principal competição nacional de barcos de cruzeiro com certificado ORC.

Foto
Rodrigo Moreira Rato/LX Sailing

Após passar pelas ilhas da Madeira e do Porto Santo, em 2019, e pela Terceira, em 2021, o Campeonato de Portugal ORC vai regressar ao continente no próximo ano. A organização da principal competição nacional de barcos de cruzeiro com certificado ORC será entregue em 2022 ao Clube de Vela Atlântico, que, em conjunto com a Federação Portuguesa de Vela, realizará na frente marítimo do Porto o evento.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Após passar pelas ilhas da Madeira e do Porto Santo, em 2019, e pela Terceira, em 2021, o Campeonato de Portugal ORC vai regressar ao continente no próximo ano. A organização da principal competição nacional de barcos de cruzeiro com certificado ORC será entregue em 2022 ao Clube de Vela Atlântico, que, em conjunto com a Federação Portuguesa de Vela, realizará na frente marítimo do Porto o evento.

Responsável principal pela logística da regata deste ano que terminou no passado fim-de-semana, Augusto Silva presidente do Angra Iate Clube, admite que realizar a prova durante a pandemia tornou “tudo mais difícil”, e, a poucos meses de deixar a liderança do clube angrense, deixa o apelo para que “as entidades e o próprio Governo Regional [dos Açores] olhem para os clubes náuticos de maneira diferente”.

Entre 21 e 24 de Julho do próximo ano, as frentes marítimas do Porto, de Matosinhos e de Vila Nova de Gaia serão o campo de regatas do Campeonato de Portugal ORC 2022, sendo que, ao que o PÚBLICO apurou, o percurso da habitual regata costeira da competição deverá ter a sua partida na cidade portuense, uma passagem por uma bóia ao largo da Póvoa de Varzim, e regresso ao ponto de largada.

Na altura de passar o testemunho, e após quatro dias de regatas na ilha Terceira que consagram o veleiro madeirense Cash a Lot como bicampeão nacional na classe A, e o açoriano Flicka com o vencedor do título na classe B, Augusto Silva, presidente do Angra Iate Clube, mostrou-se satisfeito pelo sucesso organizativo do campeonato deste ano pelo clube da ilha Terceira.

“Nunca tinha organizado uma prova desta envergadura. Foi difícil e estamos cansados, mas felizes porque correu tudo bem e ninguém saiu defraudado”, afirmou o dirigente ao PÚBLICO, reconhecendo que a pandemia colocou “restrições” que tornou “tudo mais difícil” a nível organizativo.

Foto
Augusto Silva, presidente do Angra Iate Clube Rodrigo Moreira Rato/LX Sailing

Líder do clube náutico de Angra do Heroísmo há 13 anos, Augusto Silva não se irá recandidatar nas próximas eleições, agendadas para Fevereiro, uma vez que “chegou a altura de descansar”, mas o dirigente açoriano diz que deixará o cargo “com os objectivos cumpridos”. “Juntamente com todas as pessoas que têm trabalhado comigo no clube, conseguimos levantar o Angra Iate Clube, e organizar um evento internacional e um campeonato nacional. Temos ainda a regata dos Açores com o maior número de participantes, que é a Angra Bay Cup, para além de escolas de vela, de canoagem e de jet ski.”

Alertando que “quem vier a seguir terá que continuar a lutar para que os angrenses venham para o mar”, Augusto Silva deixa o apelo para que “as entidades e o próprio Governo Regional [dos Açores] olhem para os clubes náuticos de maneira diferente”: “Há muitos entraves e burocracias para se fazerem eventos no mar. Quando se faz uma prova numa baia ou numa praia, é quase por especial favor que se arranja um espaço para se fazer uma largada. É preciso repensar os apoios e acabar com certas burocracias, que seriam facilmente eliminadas com boa vontade.”