Cash a Lot e Flicka vencem nos Açores o Campeonato de Portugal ORC

A falta de vento impossibilitou que se realizassem as três regatas do último dia, confirmando o triunfo do veleiro madeirense e do açoriano.

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Rodrigo Moreira Rato/LX Saling

Um ano depois do previsto e ainda condicionado pela pandemia, o Campeonato de Portugal ORC 2021 terminou na ilha Terceira, com a vitória na classe A do Cash a Lot, que defendia o título conquistado em 2019 na Madeira, e do Flicka, que competia em casa, na classe B.

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Um ano depois do previsto e ainda condicionado pela pandemia, o Campeonato de Portugal ORC 2021 terminou na ilha Terceira, com a vitória na classe A do Cash a Lot, que defendia o título conquistado em 2019 na Madeira, e do Flicka, que competia em casa, na classe B.

A falta de vento no último dos quatro dias de competição, disputada ao largo de Angra do Heroísmo, acabou por impossibilitar a realização de regatas neste domingo, beneficiando os veleiros madeirenses e açoriano, que estavam na frente e seguraram a posição conquistada nas sete regatas realizadas no campeonato.

Para o derradeiro dia, estavam programadas as últimas três regatas do Campeonato de Portugal de Cruzeiros ORC e o título nacional nas duas classes ainda estava por decidir, com o Panther/Syone a ameaçar o bicampeonato do Cash a Lot na classe A, enquanto, na classe B, o Jolly Jumper e o Xazul mantinham esperanças em destronar o Flicka do primeiro lugar.

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Rodrigo Moreira Rato/LX Sailing

No entanto, o campeonato acabou por ficar decidido com a pontuação obtida nas seis regatas Barlavento/Sotavento realizadas na quinta e na sexta-feira, e na regata costeira que percorreu no sábado um trajecto que levou a frota do Porto das Pipas até aos ilhéus das Cabras e dos Fradinhos.

Na classe A, a luta entre o Cash a Lot e o Panther/Syone foi intensa, mas depois de os dois veleiros chegarem ao final do segundo dia empatados, o triunfo do Cash a Lot na regata costeira acabou por desequilibrar a balança a favor do barco madeirense que defendia o título. No terceiro lugar, ficou o Vertigo, seguido pelo Super Açor XIS, pelo Another Five e pelo Soraya.

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Rodrigo Moreira Rato/LX Sailing

Na classe B, o terceirense Flicka manteve a liderança da primeira à última regata. O veleiro de Angra do Heroísmo teve sempre uma boa vantagem sobre a concorrência mais próxima (Jolly Jumper e o Xazul), mas, com triunfos em quatro das sete regatas, acabou por justificar a conquista do título nacional.

No final, Marco Peixoto, skipper do Flicka, confessou que após “quatro dias intensos de regatas”, terminar no primeiro lugar “foi espectacular”. “Todo o trabalho que foi feito antes das regatas, para treinar para este campeonato, foi muito intenso e estamos cansadíssimos, mas super felizes”, afirmou o velejador açoriano, que mostrou vontade de defender o título no próximo ano, num evento que se será realizado no continente: “Não consigo suportar toda a logística [da viagem] sozinho, mas se houver o apoio da região a tripulação está disposta [a participar].”