O paciente estado da nação mansa

António Costa aposta no riso (“casos e casinhos”, lembram-se?) e no esquecimento. Na nação mansa pode fazer o que bem entender

Vem aí o debate do Estado da Nação, uma coisa inventada nos anos 90, em parte para compensar o pouco amor que Cavaco Silva tinha pelo Parlamento, onde raramente aparecia. E eis que, 30 anos depois, à conta da quase mirabolante propensão de Rui Rio para o suicídio político, também agora António Costa deixou de ser obrigado. Uma píncara ilustração de que vivemos numa nação mansa foi o argumento semicavaquista e semi-salazarista de Rio para acabar com os tais debates quinzenais – “O primeiro-ministro tem de trabalhar”, disse Rio, assumindo-se como herdeiro legítimo da menorização do parlamentarismo.

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Vem aí o debate do Estado da Nação, uma coisa inventada nos anos 90, em parte para compensar o pouco amor que Cavaco Silva tinha pelo Parlamento, onde raramente aparecia. E eis que, 30 anos depois, à conta da quase mirabolante propensão de Rui Rio para o suicídio político, também agora António Costa deixou de ser obrigado. Uma píncara ilustração de que vivemos numa nação mansa foi o argumento semicavaquista e semi-salazarista de Rio para acabar com os tais debates quinzenais – “O primeiro-ministro tem de trabalhar”, disse Rio, assumindo-se como herdeiro legítimo da menorização do parlamentarismo.