Devia haver “majoração de pensões” para idosos que fiquem em casa em vez de irem para lares

“Manter as pessoas mais velhas em casa deve ser uma missão política e social para as próximas décadas”, defende António Fonseca, especialista em envelhecimento saudável, que lançou um livro em que mostra boas práticas neste domínio.

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Rui Gaudêncio

“Há uma ideia predominante em Portugal que é perigosa”, a de que “a assistência às pessoas mais velhas se faz sobretudo através das instituições, quando mais de 90% da população portuguesa mais velha envelhece em casa”, diz António Fonseca, psicólogo e consultor da Fundação Gulbenkian para a questão do envelhecimento saudável e activo. No livro “Ageing in place —​ Envelhecimento em Casa e na Comunidade”, que acaba de lançar, o investigador da Universidade Católica do Porto sublinha que temos de deixar de olhar para os lares de idosos como a única resposta possível no envelhecimento, ainda que continue a ser necessária em situações de grande dependência. “Podia pensar-se num sistema em que houvesse majoração da pensão em função da permanência no local da residência, para incentivarmos as pessoas a ficarem em casa”, propõe.

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“Há uma ideia predominante em Portugal que é perigosa”, a de que “a assistência às pessoas mais velhas se faz sobretudo através das instituições, quando mais de 90% da população portuguesa mais velha envelhece em casa”, diz António Fonseca, psicólogo e consultor da Fundação Gulbenkian para a questão do envelhecimento saudável e activo. No livro “Ageing in place —​ Envelhecimento em Casa e na Comunidade”, que acaba de lançar, o investigador da Universidade Católica do Porto sublinha que temos de deixar de olhar para os lares de idosos como a única resposta possível no envelhecimento, ainda que continue a ser necessária em situações de grande dependência. “Podia pensar-se num sistema em que houvesse majoração da pensão em função da permanência no local da residência, para incentivarmos as pessoas a ficarem em casa”, propõe.