Despertar no hospital

Cuidar do corpo monopolizou a semântica do cuidado, mas precisamos tanto de cuidar de nós, e do corpo, como dos afectos, da atenção que dispensamos ao outro, à sua dignidade e à necessidade de ser estimado, como até a outros seres e formas de vida.

Já não me acontecia há muitos anos. Despertar no hospital. Ocorreu há dias. Interrogamo-nos onde estamos. Olhamos para o paciente da cama ao lado, que dorme ainda, e, da visão ao olfacto, os sentidos vão sendo estimulados e acabamos por reconhecer o contexto. O corpo está um pouco dormente. O estômago vazio. Imagina-se um papo-seco e, minutos depois, ei-lo. Não é o que se havia fantasiado, mas ali sabe pela vida.

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Já não me acontecia há muitos anos. Despertar no hospital. Ocorreu há dias. Interrogamo-nos onde estamos. Olhamos para o paciente da cama ao lado, que dorme ainda, e, da visão ao olfacto, os sentidos vão sendo estimulados e acabamos por reconhecer o contexto. O corpo está um pouco dormente. O estômago vazio. Imagina-se um papo-seco e, minutos depois, ei-lo. Não é o que se havia fantasiado, mas ali sabe pela vida.