Obras de defesa do Baixo Vouga Lagunar devem estar prontas no final de 2023

São três intervenções distintas, mas complementares. A primeira, a construção da ponte açude no rio Novo do Príncipe, deve ser adjudicada ainda este mês.

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Adriano Miranda

Dentro de pouco mais de dois anos, as tão ambicionadas intervenções de defesa do Baixo Vouga Lagunar já deverão ser uma realidade. A estimativa foi traçada, esta terça-feira, no encerramento do congresso da Região de Aveiro, numa sessão dedicada à apresentação dos projectos que permitirão “defender o território” lagunar, vincou Ribau Esteves, presidente da comunidade intermunicipal aveirense (CIRA) . Em causa estão três obras distintas, mas complementares, e com um montante total de investimento na ordem dos 35 milhões de euros.

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Dentro de pouco mais de dois anos, as tão ambicionadas intervenções de defesa do Baixo Vouga Lagunar já deverão ser uma realidade. A estimativa foi traçada, esta terça-feira, no encerramento do congresso da Região de Aveiro, numa sessão dedicada à apresentação dos projectos que permitirão “defender o território” lagunar, vincou Ribau Esteves, presidente da comunidade intermunicipal aveirense (CIRA) . Em causa estão três obras distintas, mas complementares, e com um montante total de investimento na ordem dos 35 milhões de euros.

A primeira obra passa pela construção da ponte açude sobre o Rio Novo do Príncipe, no valor de 12 milhões de euros, estimando-se que possa vir a ser adjudicada ainda este mês. Esta empreitada já tinha sido sujeita a um concurso público anterior, mas como a “licença administrativa” demorou três anos a chegar, a CIRA foi obrigada a lançar novo concurso. “Agora já temos a licença na nossa mão e só falta mesmo terminar a análise de propostas”, assegurou Ribau Esteves.

Esta ponte açude servirá para “evitar cheias, de fora da ria para os campos” e “conter a água salgada”, minimizando os riscos de salinização. Após a sua conclusão, deixa também de ser necessária a intervenção que a Portucel/Navigator faz “há mais de 50 anos” nas águas do Rio Vouga, construindo, a cada ano, “um muro de madeira e pedra” para garantir água doce para a sua actividade fabril.

Outra das obras previstas reside no sistema de defesa primário do Baixo Vouga Lagunar, orçado em 18 milhões de euros e cujo projecto está em fase de avaliação do impacte ambiental. Para completar o puzzle, será realizada uma intervenção na margem direita do rio, orçada em três milhões de euros.

São três peças de “uma velha luta”, recordou o líder da CIRA, lembrando os “obstáculos difíceis” que têm sido difíceis de ultrapassar. Alguns deles, especificou, “estão dentro da Agência Portuguesa do Ambiente, do Ministério do Ambiente e da própria CIRA”, dirigindo-se em concreto aos que vivem “à procura de dificultar a vida aos outros e a impedir que coisas importantes se façam”.