En España – quando a fotografia ajudou (muito) à conversa sobre o território

Num trabalho de investigação pioneiro, tentam ligar-se as pontas soltas de onze levantamentos fotográficos em todo o território espanhol — uma conversa que encontrou na fotografia um poderoso aliado.

Foto
Paulo Nozolino

Desde há quase uma década que o Museu ICO, em Madrid, concentra a sua programação associada ao festival PhotoEspaña com reflexões em torno da arquitectura como disciplina artística e cultural. Longe de estar esgotado, este filão temático é, no entanto, um dos mais difíceis de manobrar curatorialmente — à grande dimensão dos universos visuais soma-se, tantas vezes, um panorama árido, pouco ligado ao quotidiano, à vida terrena. Para não fugir a pelo menos uma destas “regras”, a exposição En España. Fotografía, encargos, territorios, 1983-2009 apresenta um vastíssimo conjunto de imagens, divididas por onze núcleos (há perto de setenta fotógrafos representados). Certo é que tanto esta imensidão de fotografia, como os núcleos temáticos escolhidos (num espaço expositivo também ele difícil, que se articula em três pisos) jogam a favor de um projecto curatorial especulativo, que foi capaz de tornar apreensível — e terrena — uma enorme quantidade de informação. Não só vemos bem espelhadas as contradições, as consequências e a complexidade da ocupação do território, como encontramos nele os protagonistas desse arrazoado — as pessoas.

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Desde há quase uma década que o Museu ICO, em Madrid, concentra a sua programação associada ao festival PhotoEspaña com reflexões em torno da arquitectura como disciplina artística e cultural. Longe de estar esgotado, este filão temático é, no entanto, um dos mais difíceis de manobrar curatorialmente — à grande dimensão dos universos visuais soma-se, tantas vezes, um panorama árido, pouco ligado ao quotidiano, à vida terrena. Para não fugir a pelo menos uma destas “regras”, a exposição En España. Fotografía, encargos, territorios, 1983-2009 apresenta um vastíssimo conjunto de imagens, divididas por onze núcleos (há perto de setenta fotógrafos representados). Certo é que tanto esta imensidão de fotografia, como os núcleos temáticos escolhidos (num espaço expositivo também ele difícil, que se articula em três pisos) jogam a favor de um projecto curatorial especulativo, que foi capaz de tornar apreensível — e terrena — uma enorme quantidade de informação. Não só vemos bem espelhadas as contradições, as consequências e a complexidade da ocupação do território, como encontramos nele os protagonistas desse arrazoado — as pessoas.