Milhares levam arco-íris pelas ruas de cidades europeias em marchas LGBTI+

As marchas de Lisboa e Londres foram canceladas devido à actual situação pandémica dos países, mas foram muitas as pessoas que marcharam a favor dos direitos LGBTI+ noutras cidades europeias.

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Milhares de pessoas saíram às ruas de diversas cidades europeias no sábado em marchas de Orgulho LGBTI+, eventos organizados contra a discriminação de pessoas lésbicas, gay, bissexuais, transgénero, interessexo ou outras minorias sexuais.

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Milhares de pessoas saíram às ruas de diversas cidades europeias no sábado em marchas de Orgulho LGBTI+, eventos organizados contra a discriminação de pessoas lésbicas, gay, bissexuais, transgénero, interessexo ou outras minorias sexuais.

Em tempo de pandemia, porém, foram necessárias algumas alterações. Em Lisboa, a actual situação epidemiológica levou ao cancelamento da marcha de Orgulho LGBTI+ prevista para sábado e em Londres a marcha foi adiada pelas mesmas razões.

Em Berlim, os manifestantes marcharam ao longo de três itinerários em direcção à Alexanderplatz, no centro da capital alemã, num formato que pretendia evitar aglomerações demasiado grandes de pessoas, devido à pandemia de covid-19.

Em Paris, a disposição geral entre dezenas de milhares de participantes foi de celebração, depois de quase um ano e meio de restrições impostas pela pandemia em termos de encontros e de convívio. Metade dos adultos franceses já iniciou o processo de vacinação, o que terá levado muitos manifestantes a desfilarem sem máscaras faciais.

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Sarah Meyssonnier/Reuters

Muitos participantes na marcha da capital francesa manifestaram alarme sobre o retrocesso dos direitos na Hungria e na Polónia, dois países-membros da União Europeia liderados por governos de direita.

Em Barcelona, a 45.ª edição da marcha reivindicou uma lei ‘trans’ “mais ambiciosa” e denunciou o aumento de agressões homofóbicas. Várias centenas de pessoas começaram a manifestação na praça Universitat, por volta das 18h30, que continuou ao longo da rua Pelai para terminar na praça de Sant Jaume, onde se encontra a sede da Generalitat e da Câmara Municipal. Os manifestantes colocaram o acento nas pessoas ‘trans’, que consideram estar a sofrer de uma forma mais acentuada “insegurança e discriminação no emprego”.

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Nacho Doce/Reuters

Já em Itália, milhares de celebrantes do Orgulho reuniram-se em Roma e em algumas cidades mais pequenas. O presidente da Câmara de Milão, Giuseppe Sala, que participou na marcha daquela cidade, disse estar preocupado com aqueles que levantam objecções ao projecto de lei do país para combater a homofobia. O Vaticano e vários líder políticos de direita na Itália têm-se esforçado para eliminar várias disposições previstas numa nova proposta de lei para combater os crimes de ódio contra pessoas LGBTI+que está parada no senado Italiano há meses.

Sala justificou a sua participação na marcha como um sinal em defesa da aprovação da lei e de apoio aos “justos direitos de toda esta maravilhosa comunidade”.

Na Macedónia do Norte, centenas de pessoas também marcharam na capital, Skopje, naquele que foi o segundo desfile do Orgulho Gay no país. Os manifestantes exibiram uma grande bandeira arco-íris, aplaudiram e dançaram com música tocada a partir de um veículo com altifalantes.

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GEORGI LICOVSKI,GEORGI LICOVSKI

No ano passado, o parlamento da Macedónia do Norte adoptou uma lei antidiscriminação, vista como a pedra angular de uma luta de uma década pela sociedade civil para assegurar a protecção das comunidades mais vulneráveis e marginalizadas do país.