Os cascateiros de Avintes não deixam morrer a típica construção de São João

Nesta freguesia de Vila Nova de Gaia, são vários os artesãos que, a cada ano, reinventam a secular tradição nas suas casas. A convite da Câmara, os três mais antigos cascateiros idealizaram uma vistosa cascata são-joanina para o jardim da Casa-Museu Teixeira Lopes.

Foto
António Pinto, António Marques e Manuel Teixeira (esquerda para a direita) são os mais antigos cascateiros avintenses Nelson Garrido

Nos anos de menino de Manuel Teixeira, quando as enxurradas irrompiam pelos quelhos de Avintes, depositando areias por todo o lado, a miudagem arregaçava as mangas e moldava montinhos de terra à porta das casas para neles improvisar uma modesta cascata são-joanina. “A gente punha lá dois santinhos e depois andava com o santinho, consoante a festa [em causa], a pedir uns tostões”, recorda ao PÚBLICO. Quando conseguia juntar “umas coroas”, ia ao santeiro da vila escolher uma figura entre as que ainda não tinha. O “vício das cascatas”, como lhe chama, começou aos cinco anos por influência do pai e nunca mais desapareceu. Aos 77 anos, é um dos mais consagrados cascateiros de Avintes, em Vila Nova de Gaia, e um dos três convidados pela Câmara Municipal de Gaia para construir uma cascata são-joanina de raiz para o jardim da Casa-Museu Teixeira Lopes.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Nos anos de menino de Manuel Teixeira, quando as enxurradas irrompiam pelos quelhos de Avintes, depositando areias por todo o lado, a miudagem arregaçava as mangas e moldava montinhos de terra à porta das casas para neles improvisar uma modesta cascata são-joanina. “A gente punha lá dois santinhos e depois andava com o santinho, consoante a festa [em causa], a pedir uns tostões”, recorda ao PÚBLICO. Quando conseguia juntar “umas coroas”, ia ao santeiro da vila escolher uma figura entre as que ainda não tinha. O “vício das cascatas”, como lhe chama, começou aos cinco anos por influência do pai e nunca mais desapareceu. Aos 77 anos, é um dos mais consagrados cascateiros de Avintes, em Vila Nova de Gaia, e um dos três convidados pela Câmara Municipal de Gaia para construir uma cascata são-joanina de raiz para o jardim da Casa-Museu Teixeira Lopes.