A fã hipócrita

O campo não tinha relva sintética. As bancadas nem sequer eram cobertas, mas, fizesse chuva ou sol, lá íamos ver os amigos a correr atrás da bola. E vivíamos esse momento como se estivéssemos a ver profissionais. Levantávamo-nos a cada jogada que pudesse ser perigosa, gastávamos a voz com gritos de incentivo. Tínhamos 12 ou 13 anos. Eles a correr atrás da bola também, mas não era por isso que os olhávamos com menos entusiasmo – acreditávamos que, por vezes, tocavam a genialidade. Era a idade em que ainda podíamos ser tudo o que quiséssemos ser.  

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O campo não tinha relva sintética. As bancadas nem sequer eram cobertas, mas, fizesse chuva ou sol, lá íamos ver os amigos a correr atrás da bola. E vivíamos esse momento como se estivéssemos a ver profissionais. Levantávamo-nos a cada jogada que pudesse ser perigosa, gastávamos a voz com gritos de incentivo. Tínhamos 12 ou 13 anos. Eles a correr atrás da bola também, mas não era por isso que os olhávamos com menos entusiasmo – acreditávamos que, por vezes, tocavam a genialidade. Era a idade em que ainda podíamos ser tudo o que quiséssemos ser.