Noah está estável e dormiu a noite toda. Não vai ter alta hoje

Chegou ao hospital desidratado, com pequenas escoriações, recebeu soros e dormiu. Às 9h29 desta sexta-feira continuava a dormir tranquilamente.

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A criança com o pai, quando foi encontrada

Noah, o menino de dois anos que esteve desaparecido em Proença-a-Velha durante mais de 35 horas, continua internado no Hospital de Castelo Branco para ser avaliado e sujeito a perícias médico-legais.

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Noah, o menino de dois anos que esteve desaparecido em Proença-a-Velha durante mais de 35 horas, continua internado no Hospital de Castelo Branco para ser avaliado e sujeito a perícias médico-legais.

À partida, vai ficar internado pelo menos mais um dia, acompanhado pela mãe, segundo a directora clínica do Hospital Amato Lusitano, Eugénia André, que esta manhã fez um ponto de situação sobre o estado de saúde da criança.

A médica explicou que o menino chegou ao hospital por volta das 22h. Quando chegou, estava sonolento, desidratado e recebeu soros. Despertou, falou com os pais e dormiu tranquilamente. Às 9h29 continuava a dormir.

“Está fora de perigo. Tem algumas escoriações que eram previsíveis, mas nada de preocupante. E hoje, que é o que interessa, dormiu toda a noite, alimentou-se. Já falou com a mãe, com a enfermeira e os meus colegas e agora está outra vez a dormir”, contou Eugénia André, que explicou que Noah não terá alta hoje porque tem de sair do hospital totalmente estabilizado e com a nutrição restabelecida.

A directora clínica diz que Noah apenas chegou desidratado e com escoriações no abdómen, dorso e nos pés, uma vez que estava despido. “Se fosse apenas encontrado hoje, a chover, estaria em hipotermia”, disse, sublinhando que está muito estabilizado.

Eugénia André disse que a mãe do menino ficou no hospital e que o pai foi para casa. Devido às restrições relacionadas com a pandemia, apenas foi permitido ficar um dos pais. O pai, segundo a médica, estava muito cansado devido ao stress.

A criança foi encontrada às 20h de quinta-feira, sem roupa e a caminhar numa zona de mato por voluntários que estavam a ajudar nas buscas.

O capitão Jorge Massano, da GNR de Castelo Branco, disse que a criança foi encontrada a uma distância que, em linha recta, será de quatro quilómetros da casa dos pais, numa zona de mato, junto a uma linha de água. As autoridades ainda estão a apurar o que se terá passado, mas suspeita-se de que poderá ter andado dez quilómetros.