Dinamarca-Finlândia: um instante de pânico

Partida ficou marcada pelo susto que Eriksen provocou, ao cair inanimado no relvado. O dinamarquês foi reanimado e levado para o hospital, onde recuperou. Jogo foi reatado mais de uma hora depois.

Foto
Joel Pohjanpalo Martin Meissner / POOL/Reuters

O silêncio que se escutou neste sábado durante alguns minutos no estádio onde Dinamarca e Finlândia disputavam o seu jogo inaugural neste Euro 2020, relativo ao Grupo B da competição, foi arrepiante. Mais arrepiante só mesmo a imagem de Christian Eriksen, internacional dinamarquês de 29 anos, a cair inanimado no relvado de forma fulminante momentos antes quando se preparava para receber a bola na sequência de um lançamento lateral. Seguiram-se minutos de angústia, enquanto o futebolista era reanimado ali mesmo. O jogo foi suspenso mas acabaria por ser reatado algumas horas depois, quando se soube que Eriksen estava consciente no hospital. Um susto!

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O silêncio que se escutou neste sábado durante alguns minutos no estádio onde Dinamarca e Finlândia disputavam o seu jogo inaugural neste Euro 2020, relativo ao Grupo B da competição, foi arrepiante. Mais arrepiante só mesmo a imagem de Christian Eriksen, internacional dinamarquês de 29 anos, a cair inanimado no relvado de forma fulminante momentos antes quando se preparava para receber a bola na sequência de um lançamento lateral. Seguiram-se minutos de angústia, enquanto o futebolista era reanimado ali mesmo. O jogo foi suspenso mas acabaria por ser reatado algumas horas depois, quando se soube que Eriksen estava consciente no hospital. Um susto!

O que se passou depois no relvado acaba por ser apenas uma nota de rodapé numa história que, aparentemente, terá um final feliz. Segundo  Peter Møller, director de futebol da federação dinamarquesa, foi o próprio Eriksen quem, a partir do hospital, terá falado para os seus companheiros de equipa e os incentivou a irem a jogo. Mas foi notório que o ânimo e a concentração não eram as mesmas.

Foto
Eriksen recuperou a consciência ainda antes de ser retirado do relvado, e recupera no hospital Reuters/Friedemann Vogel

Antes do incidente, a Dinamarca tinha sido a selecção mais perigosa em campo. Com uma percentagem de posse de bola bem superior à do seu adversário, os dinamarqueses estavam por cima do jogo, embora sem terem criado uma clara ocasião de golo.

Depois daquele momento de pânico, os colegas de Eriksen continuaram a ser mais dominadores, mas a determinação e a concentração estavam visivelmente afectadas.

O regresso ao relvado da selecção dinamarquesa deu-se debaixo dos aplausos dos jogadores finlandeses. Aliás, a solidariedade entre as duas selecções e mesmo entre os adeptos de ambas as selecções durante todo o acontecimento foi irrepreensível. Enquanto se decidia se a partida seria retomada ou não, o nome do internacional dinamarquês foi entoado por adeptos de um e outro lado.

E quando a Finlândia inaugurou o marcador, naquele que foi o seu primeiro golo em fases finais de um Europeu — os finlandeses são uma das selecções estreantes da competição — não houve festejos por parte de Pohjanpalo.

Penálti falhado

Apesar de um domínio territorial evidente a Dinamarca não foi capaz de ultrapassar a barreira defensiva da Finlândia que chegou ao golo aos 60’ na sequência de um lance rápido de ataque, em que um cruzamento do lado esquerdo do ataque, Pohjanpalo ganhou a frente a Maehle e cabeceou para a baliza, com Schmeichel ainda a tocar na bola.

A partir desse momento, a Dinamarca empurrou ainda mais o seu adversário para junto da sua baliza. E chegou a beneficiar de uma grande penalidade quando faltavam 15 minutos para o apito final, depois de Arajuuri ter derrubado Poulsen dentro da área.

Chamado à conversão do castigo máximo, Hojbjerg foi o espelho da forma como a selecção dinamarquesa ficou afectada por tudo aquilo que tinha acontecido. Apático e sem forças, rematou de forma denunciada, permitindo a defesa ao guarda-redes finlandês, Hradecky.

Até ao final a Dinamarca “carregou” como podia, mas apenas as pernas corriam. A cabeça não estava lá e a Finlândia teve uma estreia vitoriosa num Europeu de futebol.