Pandemia perdeu força e obriga a decisão sobre nova matriz de risco

Há especialistas que insistem que já não chega “contar cabeças” e limitarmo-nos olhar para o famoso R(t) . No entanto, há também ainda muitas incertezas que aconselham prudência e que podem manter os santos populares confinados este ano. O Governo deverá tomar a decisão sobre uma mudança da matriz e novos limites do risco após a reunião desta sexta-feira.

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Nuno Ferreira Santos

Há um ano (mais precisamente no dia 26 de Maio), a taxa de letalidade (número de mortes por número de doentes) da covid-19 em Portugal era de 4,3%. No mesmo dia 26 de Maio, mas de 2021 (esta quarta-feira), caiu para os 2%. Temos agora metade da letalidade numa altura em que temos também o dobro da incidência registada nesse mesmo dia em 2020. Parece óbvio que a expressão da pandemia mudou e é admissível considerar que a mudança está relacionada com um bom ritmo de vacinação (aliada ao efeito das medidas restritivas). Com a vacinação a proteger os mais frágeis, a pandemia perdeu força. Mas, neste momento e com os dados e as incertezas que ainda temos, já é altura ou não mudar para mudar matriz de risco, introduzir outros indicadores e definir novas “linhas vermelhas”?

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Há um ano (mais precisamente no dia 26 de Maio), a taxa de letalidade (número de mortes por número de doentes) da covid-19 em Portugal era de 4,3%. No mesmo dia 26 de Maio, mas de 2021 (esta quarta-feira), caiu para os 2%. Temos agora metade da letalidade numa altura em que temos também o dobro da incidência registada nesse mesmo dia em 2020. Parece óbvio que a expressão da pandemia mudou e é admissível considerar que a mudança está relacionada com um bom ritmo de vacinação (aliada ao efeito das medidas restritivas). Com a vacinação a proteger os mais frágeis, a pandemia perdeu força. Mas, neste momento e com os dados e as incertezas que ainda temos, já é altura ou não mudar para mudar matriz de risco, introduzir outros indicadores e definir novas “linhas vermelhas”?