O guarda-redes surrealista e o golo desaparecido

Salvador Dali jogou futebol na juventude, admirava Ricardo Zamora e pintou um quadro para ajudar um clube na bancarrota que ninguém sabe por onde anda.

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Salvador Dali foi muita coisa e, também, guarda-redes Weegee (Arthur Fellig)/International Center of Photography/Getty Image

“O mestre não os pode receber. Está no solário, todo nu, e neste momento está a inspirar-se.” Salvador Dali não estava imediatamente disponível para receber a equipa de reportagem do El Mundo Deportivo, como explicava o seu secretário particular. Ricardo Maxenchs, o jornalista encarregado de entrevistar o mestre para o jornal desportivo catalão, insiste e pergunta se pode falar com a mulher de Dali, Gala. “Também está nua, a apanhar sol. Não há nada a fazer”, responde o secretário. A paciência de Maxenchs seria recompensada a meio da tarde. Dali aceitou falar e falou de futebol. Vestido. Afinal, ele tinha sido guarda-redes.

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“O mestre não os pode receber. Está no solário, todo nu, e neste momento está a inspirar-se.” Salvador Dali não estava imediatamente disponível para receber a equipa de reportagem do El Mundo Deportivo, como explicava o seu secretário particular. Ricardo Maxenchs, o jornalista encarregado de entrevistar o mestre para o jornal desportivo catalão, insiste e pergunta se pode falar com a mulher de Dali, Gala. “Também está nua, a apanhar sol. Não há nada a fazer”, responde o secretário. A paciência de Maxenchs seria recompensada a meio da tarde. Dali aceitou falar e falou de futebol. Vestido. Afinal, ele tinha sido guarda-redes.