Hamilton volta a reinar em Portimão

Piloto inglês da Mercedes vence 97.ª corrida da carreira, reforça liderança no Mundial e só Max Verstappen parece poder dificultar-lhe um inédito oitavo título.

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Não houve grande discussão na vitória do Grande Prémio (GP) de Portugal de Fórmula 1 (F1) de 2021 este domingo. Tal como há seis meses, Lewis Hamilton subiu ao degrau mais alto do pódio e está no rumo certo para conquistar um inédito oitavo título mundial. A julgar pelas primeiras três corridas da temporada, apenas o holandês Max Verstappen poderá contrariar o inglês da Mercedes. O piloto da Red Bull está a protagonizar o melhor arranque de temporada da sua carreira e foi segundo no circuito de Portimão. São agora oito os pontos que separam os dois pilotos no Mundial.

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Não houve grande discussão na vitória do Grande Prémio (GP) de Portugal de Fórmula 1 (F1) de 2021 este domingo. Tal como há seis meses, Lewis Hamilton subiu ao degrau mais alto do pódio e está no rumo certo para conquistar um inédito oitavo título mundial. A julgar pelas primeiras três corridas da temporada, apenas o holandês Max Verstappen poderá contrariar o inglês da Mercedes. O piloto da Red Bull está a protagonizar o melhor arranque de temporada da sua carreira e foi segundo no circuito de Portimão. São agora oito os pontos que separam os dois pilotos no Mundial.

Quando Michael Schumacher venceu a última corrida de Fórmula 1 (F1), a 1 de Outubro de 2006, no Grande Prémio (GP) da China, passando a deter um recorde de 91 vitórias, não imaginaria que este registo extraordinário viesse sequer a ser beliscado em décadas. Mas, apenas oito meses depois, um miúdo chamado Lewis Hamilton, surpreendia ao vencer o GP do Canadá, iniciando uma longa e determinada caminhada para o trono da modalidade.

Seriam necessários mais 14 anos, antes de superar a marca do alemão, exactamente no circuito de Portimão, a 25 de Outubro do ano passado. Está agora a apenas três vitórias de chegar ao número redondo de 100 triunfos e, com 36 anos, o final da carreira não se adivinha para breve.

A história da 97.º vitória de Hamilton na F1 não é longa. O britânico falhou a pole position por sete milésimas de segundo, arrancando da segunda posição, atrás do seu colega de equipa Valtteri Bottas, mantendo as posições no arranque da corrida. Um choque entre os Alfa Romeo de Kimi Raikonnen e Antonio Giovinazzi na segunda volta obrigou à entrada em pista do safety car durante algumas voltas e, no recomeço (sétima volta), o britânico foi surpreendido por Verstappen, caindo para a terceira posição.

Com serenidade, assistiu à luta que se desenhava entre os dois pilotos da frente, aguardando o seu momento. Este surgiu na 11.ª volta, quando um erro do holandês da Red Bull foi aproveitado por Hamilton para recuperar a segunda posição. Seguiu-se Bottas, que cedeu à 20.ª volta. Sem ninguém à frente o inglês foi aumentando a vantagem.

Cedeu o comando para o mexicano Sergio Pérez (Red Bull) à passagem da 38.ª volta, quando foi às boxes trocar os desgastados pneus, como já tinham feito os seus principais adversários, com excepção de Pérez. Foi-se aproximando rapidamente do latino-americano até regressar à liderança na volta 51. Depois geriu as últimas 15 voltas sem sobressaltos.

Atrás de si, Verstappen superou Bottas, terminando na segunda posição, com o finlandês a completar o pódio. Com dois segundos lugares e uma vitória pelo meio, no GP de Itália, o holandês parece ser o único piloto em condições de dificultar o sucesso de Hamilton, apesar de a distância entre os dois – que era de apenas um ponto antes da corrida de Portimão – ter aumentado para oito pontos. No terceiro lugar da classificação geral está o também britânico Lando Norris, da McLaren, a 32 pontos do líder.

“Esta foi uma corrida muito difícil física e mentalmente”, garantiu Hamilton no final. “Não tive uma boa partida como o Valtteri e também perdi no reinício, o que não foi bom. Depois, tive de me posicionar o melhor que pude e penso que o Max cometeu um pequeno erro”, resumiu.

Mais cáustico estava Verstappen, que direccionou a frustração para o asfalto do circuito algarvio. “Não gostei do fim-de-semana inteiro, por causa dos níveis de aderência aqui”, referiu à Sky Sports. “Faltava-me claramente um pouco de aderência, um pouco de velocidade máxima, e não fui capaz de exercer pressão sobre a Mercedes”, referiu, manifestando o desejo de não voltar à pista algarvia.

Na véspera, após falhar a pole position, também Hamilton deixara críticas à falta de aderência do asfalto. “Não queria conduzir uma mota aqui, porque não há aderência. Provavelmente levantava voo na curva 15. Não sei o que fizeram para tornar a pista pior. Vamos a cada vez mais circuitos em que parece que mudaram o asfalto que usam. Pedimos que voltem ao bom”, concluiu após a sessão de qualificação.