Câmaras do litoral alentejano equacionam cancelar feiras

Autarcas optam pela segurança e já há quem tenha decidido não realizar os grandes certames de Verão.

Foto
ADRIANO MIRANDA / PUBLICO

A Pimel - Feira do Turismo e das Actividades Económicas de Alcácer do Sal e a Feira de Agosto do torrão não vão realizar-se este ano, devido à pandemia, revelou esta quinta-feira o presidente da Câmara de Alcácer do Sal.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Pimel - Feira do Turismo e das Actividades Económicas de Alcácer do Sal e a Feira de Agosto do torrão não vão realizar-se este ano, devido à pandemia, revelou esta quinta-feira o presidente da Câmara de Alcácer do Sal.

Vítor Proença informou, na reunião do executivo municipal, que Alcácer do Sal decidiu não realizar a edição deste ano da Pimel e que o mesmo acontecerá com a Feira de Agosto do Torrão, também no concelho.

Segundo o autarca, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) a decisão de não realizar estes importantes certames da região está a ser tomada pelas diversas autarquias. Vítor Proença referiu que Grândola não fará a Feira de Agosto assim como Santiago do Cacém já decidiu não fazer a Santiagro – Feira Agropecuária e do Cavalo. No entanto, estas últimas autarquias já desmentiram que essa decisão esteja já tomada.

“Pensamos que não há condições para realizar a Pimel este ano. Uma questão grave é não se conseguir garantir as distâncias [entre as pessoas]. Uma coisa é um evento com lugares sentados, outra coisa é uma feira franca, com tascas e tasquinhas”, justificou o autarca comunista.

“Se a Câmara Municipal ousasse fazer a Pimel, as pessoas não iam entender. Há mais tempo para se fazer a feira no futuro”, acrescentou. O presidente da câmara entende que não vale a pena correr riscos, colocando em causa a segurança sanitária, e defende que todos têm que “estar juntos” nessa posição de cautela.

A oposição mostrou compreensão pela decisão.

Com este, poderão ser dois anos seguidos sem os maiores certames do Litoral Alentejano, uma vez que as edições de 2020 também foram canceladas por causa da pandemia.

Na zona mais a sul da costa alentejana, ainda não se sabe se haverá ou não a FACECO – Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira. O município, que organiza o evento, está ainda em processo de reflexão para decidir sobre a edição deste ano, disse ontem, ao PÚBLICO fonte da autarquia. A Feitur – Feira de Turismo, em Vila Nova de Milfontes, que costuma ser em Junho, também está ainda em ponderação.

Estas feiras movimentam muitas centenas de milhares de pessoas. Só a Santiagro, a única que tem entradas pagas, registou mais de 40 mil visitantes em 2019, último ano de festa, antes da pandemia.

Notícia actualizada às 18h50 com as posições das câmaras de Santiago do Cacém e de Grândola