Operário caiu de telhado em Barcelos. Ministério Público culpa empresa e chefe

Trabalhador ficou com sequelas permanentes de grande gravidade depois de queda em 2013.

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Francisco Romao Pereira

Um operário ficou com sequelas permanentes de grande gravidade quando caiu de uma altura de cinco metros, ao reparar um telhado, por culpa do seu chefe directo e da entidade empregadora, acusa o Ministério Público de Barcelos.

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Um operário ficou com sequelas permanentes de grande gravidade quando caiu de uma altura de cinco metros, ao reparar um telhado, por culpa do seu chefe directo e da entidade empregadora, acusa o Ministério Público de Barcelos.

O despacho de acusação, divulgado esta terça-feira na página de Internet da Procuradoria-Geral Regional do Porto, reporta-se a factos passados em 4 de Outubro de 2013, na freguesia de Vila Seca, ocasião em que o trabalhador se encontrava no cimo do telhado de um pavilhão industrial a retirar chapas e caiu desamparado.”Sofreu lesões muito graves que puseram em perigo a sua vida e que lhe determinaram sequelas permanentes também de grande gravidade”, afirma o Ministério Público.

Ainda segundo a acusação, a vítima estava a realizar os trabalhos no telhado “seguindo determinações do arguido chefe de equipa, sem que este, como responsável, garantisse estarem asseguradas as necessárias medidas de protecção individuais de segurança, nomeadamente linha de vida, escadas de rojo e escadas de telhador, no telhado, andaimes nas fachadas e rede de segurança no interior do edifício”.

O Ministério Público imputa à empresa do ramo da metalomecânica e construção civil e ao encarregado a prática de um crime de infracção das regras de construção, dano em instalações e perturbação de serviços agravado.